O técnico Zé Mário disse no fim da tarde desta terça, dia 16, que "caiu com tranqüilidade" e que não esperava a demissão, apesar de considerá-la "normal".

– Isso é normal, comum no futebol. Caí com tranqüilidade – disse o treinador.

Para o profissional, o futebol brasileiro não tem seriedade nestes momentos.

– Eu pensei que o futebol brasileiro tinha mudado, mas me enganei. Não há muita seriedade, mas esse também não é um problema do Figueirense, mas do futebol brasileiro. Para mim, tanto faz – afirmou Zé Mário.

O técnico demitido afirmou que agora, para o returno da Série A, é que iria treinar o time com calma, como gostaria.

– Eu vim numa hora difícil para o Figueirense. Mas agora que teríamos tempo para treinar, as coisas não aconteceram como eu queria – disse Zé Mário.

O técnico foi demitido no início da tarde. O ex-volante Simplício, que comanda o Figueirense B, ficará responsável pelo time interinamente.

Segundo José Carlos Lages, o clube estaria atrás de um treinador mais novo que Zé Mário.

– Queremos alguém com perfil mais jovem, de maior dinâmica e energia, para ver se ocorre um contágio geral para a gente sair dessa situação incômoda – disse o dirigente.

A uma rodada do fim do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Figueira está em 20º lugar, com 19 pontos em quatro vitórias, setem empates e nove derrotas.

Para Lages, o momento é difícil e requer cautela e força do time.

– Temos um turno inteiro pela frente e avaliamos que precisamos de mais energia e uma posiçção mais agressiva. Não posso dizer em quanto tempo, mas anunciaremos o técnico o mais rápido possível – afirmou o dirigente.

Zé Mário comandou o Furacão do Estreito em sete jogos, conquistando duas vitórias, três empates e duas derrotas. Sob seu comando, o Figueirense fez 13 gols e sofreu 12.