Depois de irritar a torcida, passar uma semana sem aparecer no clube e deixar o técnico Arnaldo Lira em situação constrangedora, o atacante Didi decidiu largar o Joinville e voltar para casa. Ele diz que resolverá problemas particulares e decidirá em casa se aceita uma proposta para jogar na Europa.

Depois do anúncio oficial da saída do jogador, a diretoria do JEC anunciou a contratação de três atletas até o fim da semana.

Didi já havia anunciado a decisão minutos depois do final do jogo de terça, quando o time empatou em casa com o São Raimundo.

"Não admito ser xingado e vaiado pela torcida", reclamou, na ocasião, referindo-se ao momento em que perdeu um gol quase no final do jogo.

Nesta quarta, dia 9, o discurso foi diferente. Em vez de se lamentar pela atitude do torcedor, Didi explicou que tinha que resolver problemas com os negócios que tem fora de campo. Ele também admite que tem proposta de um time europeu – não quis adiantar o nome, mas diz que é o mesmo que o havia procurado há alguns meses, quando tinha proposta para jogar na Alemanha.

O técnico Arnaldo Lira, que havia determinado que Didi não jogaria mais com ele por causa do sumiço do jogador há duas semanas, não foi encontrado para comentar o assunto. Na ocasião, o treinador foi repreendido pela diretoria do clube por reclamar do desaparecimento de Didi.

Apesar da saída anunciada em momento difícil para o time no Campeonato Brasileiro, o vice-presidente do JEC, Luis Alberto do Nascimento, afirma que a saída de Didi "é uma perda de grande valor e caráter para o Joinville".

O jogador, que havia recebido metade do contrato, fez um acordo com a diretoria, devolvendo os bens recebidos. O JEC pagou ao jogador os dias trabalhados.

CARLA ARGOLO / DIÁRIO CATARINENSE