Ronaldinho aguarda em Porto Alegre o acerto entre Barcelona e Milan acerca do seu futuro. Está há dois dias ao lado da mãe, dona Miguelina, na sua residência na zona sul da Capital. Há confiança e otimismo entre os Moreira: é questão de dias, talvez semanas, o anúncio de que a nova casa da família na Europa será Milão.

Da Europa, o irmão e procurador Assis — que só esta semana esteve na Grécia e na Tailândia — vai informando Ronaldinho sobre a dança dos milhões entre os presidentes Silvio Berlusconi, do Milan, e Joan Laporta, do Barcelona. Os catalães querem 50 milhões de euros. Os italianos oferecem 35. É de 15 milhões, portanto, a distância que separa o craque gaúcho de formar com Kaká e Alexandre Pato um trio de ataque capaz de, se der certo, ser transferido para a Seleção Brasileira por inteiro nas Eliminatórias para a Copa de 2010.

Mas nada impede que estes valores, na mesa de negociação, sofram mutações.

— O melhor a fazer é esperar os clubes ajustarem esse acerto livremente. Não é preciso pressa. As inscrições para a temporada 2008/2009 se encerram só em 30 de agosto. As apresentações dos clubes devem ocorrer a partir de 19 de julho — explica Assis, lembrando que há a Eurocopa no meio do caminho (a final é só em 29 de junho).

No Milan, Ronaldinho assinaria contrato por quatro temporadas e salário anual de 9 milhões de euros (R$ 23 milhões). Algo em torno de R$ 1,9 milhão por mês. O Manchester City de Elano também assediou o ex-jogador do Grêmio. Ofereceu tanto quanto o Milan.

Mas os Moreira querem treinar no espetacular CT de Milanello, onde Assis mantém fortes relações pessoais e empresariais. Foi ele, Assis, quem levou Ricardo Oliveira para o Milan. Ronaldinho tem contrato na Espanha até 2010. Se não for para o Milan, a idéia é seguir no Camp Nou.