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 | 23/05/2008 05h26min

Ruy Carlos Ostermann: Ah, os ingleses

Ontem se esperava pela reabilitação do Santos que, se confirmada, obrigaria o Fluminense a jogar contra ele nas semifinais, esse artifício para evitar uma final de clubes do mesmo país. É o que mais se espera, a Libertadores e Copa do Brasil não são mais gaúchas, mas são o que temos de melhor no semestre. O Brasileirão, enquanto isso, se espicha, mas não chega e deve afirmar times que não se sustentarão quando tudo começar a valer e sem alternativas.

Tenho amigos que já decidiram: são tantos os jogos na TV que eles abandonam cinema, rua, boteco, se é que não abandonam família e amigos queridos. Ficam à frente da TV e emendam um jogo no outro. Há quem faça scout dos jogos como Manchester United x Chelsea só para mais esclarecerem como se joga mal no país. Registram-se faltas demais - o dobro, para dizer tudo, aqui encostou, caiu, lá todos vão em frente, jogou-se 70 minutos em Moscou na decisão da Liga dos Campeões.

— Estamos sendo sonegados! — reclamaram, com razão.

A vitória do Fluminense sobre o São Paulo, de virada e no último minuto, depois de ter perdido o controle do jogo, mas tendo entrado Dodô em campo para fazer uma única jogada, a do segundo gol, pelo lado esquerdo, na esquiva do zagueiro, e bola nos meio das pernas de Rogério Ceni, foi o jogo dos centroavantes. Aloísio levantou Adriano, Dodô turbinou Washington, na Cidade do México foi ainda mais clamoroso, Palermo fez três gols na goleada do Boca sobre o Atlas que, segundo o jornal Ovaciones, "se espantó" e "con ofício, efectividad y contundências, los xeneizes (Boca) liquidaron a un zorro (o Atlas) inofensivo". Bonito. gostaria de escrever assim.

O semestre vai ser assim, jogo e jogo, decisão e decisão, e nós aqui marcando faltas, caindo mortos, parando o jogo e reclamando de encostões, cada vez mais ingleses na imaginação.

Mas o futebol brasileiro não terminou, Renato Cogo. Ele terá de se reciclar e deixar de ser tão orgulhoso das pequenas coisas que sabe fazer.

Solução
O time do Inter amanhã no Maracanã contra o Flamengo vai sair dos treinos em que Abel foi testando formações possíveis para aliviar o grande prejuízo que tem nas primeiras posições do meio-campo. Está fora Edinho, está fora Guiñazu, não é fácil. Maycon está recuperado da hepatite e em treino, Danny Morais continua nessa adaptação a que se submeteu com bons resultados, saindo da zaga e assumindo a primeira posição do meio-campo, muito tático e aplicado, de boa técnica. Mas esse não é o problema, Danny joga há seis partidas nessa posição. O futuro dele será a zaga, mas, por enquanto, é uma solução do meio-campo.

A lateral-direita está trocando, deve ser a vez de Jonas, que tem velocidade. E o terceiro zagueiro, que vinha sendo Orozco, pode estar passando para Sidnei uma vez que Índio e Marcão são os stoppers com bem-sucedidos avanços para o ataque. Duas opções e três impedimentos formam as opções de Abel para amanhã.

Libros de fútbol
O Miguel, da Calle Corrientes, da Rua Uruguai, importador de livros sobretudo de língua espanhola, que pesquisa em editoras e sebos uruguaios e argentinos, anuncia novidades que repasso aos meus leitores que também gostam de boa literatura sobre o futebol. Historia del Fútbol Argentino, em três volumes, vários autores, quase 2 mil páginas, El Terror y a Gloria, a política e o futebol do Mundial de 1978, são dois exemplos de livros que estão, novos e usados, por preços razoáveis, na mesinha da frente. Vou reservar, logo, Fútbol y Masas, do pensador argentino Juan Jose Sebrelli. Uma boa estante de livros sobre futebol está ficando grande.

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