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 | 21/02/2008 18h35min

Jihad Kohdr: Vou mostrar ao mundo o meu surfe

Após superar problemas, surfista muçulmano tem a chance de pôr seu nome no topo

Aos 24 anos, Jihad Kohdr poderia ser personagem de um belo e emocionante livro. Nos últimos meses, o único surfista profissional muçulmano passou por momentos gloriosos, dramáticos e tristes. Do título brasileiro à perda do bicampeonato, no ano passado, por não ter feito um antidoping. Do convite para competir com os melhores do mundo à deportação dos Estados Unidos, por estar com o visto errado.

Acostumado a altos e baixos – sofre de transtorno bipolar –, Jihad prefere esquecer boa parte do que passou. E se a sua vida pode ser escrita em páginas, ele já pensa no próximo capítulo, que começa nesta sexta-feira, quando estreará no Circuito Mundial, o WCT. As informações são do site GloboEsporte.com.

– Virei a página. Agora é focar no WCT. Vou poder mostrar para os caras e para o mundo todo o meu surfe. E isso é irado! Sei do meu potencial. Vou mostrar e a galera vai gostar de ver - diz Jihad.

Jihad está escalado na primeira bateria do Quiksilver Pro, contra o americano Bobby Martinez e o sul-africano Royden Bryson. Em 2006, ele disputou algumas etapas como convidado. Era quase um "café com leite". Agora a história é diferente.

- Eu já conheço muitos caras do WCT. Uma galera competiu comigo no WQS e eu já disputei umas cinco etapas do WCT. Acho que aqueles que não me conhecem pessoalmente conhecem meu surfe, meu nome. Sei que não vou chegar desconhecidão. Os caras sabem que eu sou e que estou aqui para mostrar meu surfe.

O paranaense que saiu de Matinhos para brilhar nas melhores ondas do mundo é conhecido por muitos dos surfistas. Mick Fanning, atual campeão mundial, é um dos que reparam em seu talento. O australiano soube que Jihad já foi deportado e que teve problemas com o antigo patrocinador por usar uma prancha com um desenho de Osama Bin Laden. Disse acreditar que o brasileiro não terá problemas no Circuito Mundial por ser muçulmano.

– Ele é um surfista de grande potencial. Acho que não terá problemas pelo fato de ser muçulmano, nada disso – conta.

Jihad concorda. Acredita que sua religião ou os demais problemas por que passou não vão afetar sua participação no WCT. De patrocinador novo - uma empresa que o apoiava quando criança -, ele sonha ver seu chamativo e conhecido nome (significa "Guerra Santa") no topo.

– Não gosto de ver meu nome lá atrás no ranking.

Nilton Santos / ASP

Paranaense Jihad Kohdr em um campeonato em São Paulo
Foto:  Nilton Santos  /  ASP


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