| 26/01/2008 14h58min
— O Brasil não poderia estar melhor para lidar com a crise.
Essa é a avaliação do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), o francês Dominique Strauss-Kahn, que salientou a importância do fortalecimento dos fundamentos macroeconômicos do país nos últimos anos para enfrentar o risco de recessão nos Estados Unidos e a forte volatilidade que afeta os mercados financeiros recentemente.
— O Brasil está indo muito bem — disse Strauss-Kahn, que participou esta semana de uma série de discussões sobre a economia global no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Ele evitou comentar como o Fundo avalia o comportamento dos preços das matérias-primas diante dos problemas da economia mundial — um fator crucial para muitas economias emergentes.
A avaliação positiva sobre o Brasil do chefe do FMI coincide com a maioria das declarações dos economistas e empresários que participaram do Fórum em Davos. Segundo eles, o
controle inflacionário, a adoção do regime cambial
flutuante e o fortalecimento das reservas em moeda estrangeira colocou o Brasil numa situação muito menos vulnerável em relação às turbulências financeiras externas.
Mas esse prognóstico não é unânime. Nouriel Roubini, presidente da consultoria Roubini Global Economics, apesar de salientar o fortalecimento da economia brasileira, prevê que o impacto da recessão nos Estados Unidos sobre o Brasil poderá não ser desprezível.
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