| 21/01/2008 21h14min
Depois de disputar o voto dos latinos em Nevada, os dois principais pré-candidatos democratas, Barack Obama e Hillary Clinton, agora começam uma dura batalha pelo voto dos negros na Carolina do Sul, local das próximas primárias do partido, marcadas para sábado. A comunidade negra no Estado representa mais da metade da população. Em eleições passadas, o candidato que venceu na Carolina do Sul ganhou apoio da maioria dos outros 16 Estados sulistas.
Nesta segunda, dia de Martin Luther King e feriado nacional nos Estados Unidos, Obama e Hillary encontraram-se em um evento em homenagem ao ativista negro em Columbia, capital da Carolina do Sul. Apesar dos sorrisos e das piadinhas no pé do ouvido, o clima entre as duas campanhas é o pior possível e foi justamente a briga pelo voto dos negros o estopim que azedou a relação entre os dois.
No dia 7, às vésperas das primárias de New Hampshire, Hillary afirmou que a luta de Luther King pela igualdade racial concretizou-se apenas
em 1964, quando o então
presidente Lyndon Johnson aprovou a lei de direitos civis. Obama aproveitou a deixa e reagiu imediatamente, afirmando que era "ridículo" achar que foram os políticos quem conquistaram a igualdade racial.
Obama colocou a questão racial na campanha e parece ter se beneficiado disso. Até a semana passada, todas as pesquisas indicavam que os negros, leais a Bill Clinton — apelidado de "o primeiro presidente negro" —, apoiavam Hillary. Agora, duas pesquisas recentes, da rede de TV CNN e do jornal Washington Post, indicam que Obama virou o jogo e teria hoje 60% do voto dos negros, o dobro do de Hillary.
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