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 | 13/01/2008 01h49min

Grêmio começa o ano com time de jogadores sem grife

Odone reconhece que o Inter, embalado pela conquista do torneio em Dubai, larga na frente na luta pelo Gauchão

Luís Henrique Benfica

Paulo Odone ainda procura, no mercado de jogadores, "a cereja do bolo que está sendo produzido na Serra". É assim, de óculos escuros e bermuda azul, sentado no restaurante do Hotel DallOnder Vitória, em Bento Gonçalves, que o presidente do Grêmio busca acalmar os torcedores mais aflitos diante da simplicidade dos reforços.

No início do quarto e último ano de mandato, Odone rechaça a tese de que um time só se faz com grifes. Confia que a fórmula de apostar em nomes menos badalados, utilizada com sucesso em outras temporadas, poderá ser aplicada de novo pelo Grêmio. Isso apesar de reconhecer que o Inter, embalado pela conquista do torneio em Dubai, larga na frente na luta pelo Gauchão.

— Entendo a aflição do torcedor, mas é preciso ter memória — destaca. — Em 2006, perdemos Jeovânio e Hugo, ganhamos o Gauchão e fomos o terceiro melhor time do Brasil. No ano passado, também remontamos o grupo e fomos à final da Libertadores. Todo início de ano representa um risco. Em 2008, ele é menor, já temos uma base — avalia.

Odone reconhece a existência de dois problemas na sua luta para encontrar a tal cereja. O primeiro, a escassez de ofertas, agravada na sexta-feira com a notícia de que Diego Souza estava indo para o Palmeiras. Chega a brincar, dizendo que os jogadores disponíveis "são todos japoneses". Diz que Nilmar, atacante do Inter, seria um diferencial. Ele confessa ter pensado no jogador, no ano passado. Faltou ao Grêmio, então, a parceria que o Inter teve para contratar o ex-jogador do Corinthians.

O outro problema é financeiro. Odone lembra que o Grêmio "ainda está baleado pela segunda divisão e pela quebra financeira".

— Queria pegar todo esse dinheiro (R$ 32 milhões das vendas de Lucas e Carlos Eduardo) e botar num time. Mas preciso pagar em dia e honrar os compromissos. Caso contrário, todo o patrimônio será penhorado — diz.

Assim, os recursos para a contratação do jogador diferenciado virão das parcerias, que agora começam a aparecer. Uma delas é o grupo de investidores paulistas GTS, que havia colocado recursos na tentativa de manter Diego Souza no Olímpico.

Outra aposta é no convênio com o grupo Pão de Açúcar. Em troca da projeção que os jogadores terão no Grêmio, a empresa os empresta sem custos. O clube fica com a totalidade dos direitos federativos. O Pão de Açúcar leva 50% do faturamento sobre uma futura venda. O primeiro fruto da parceria pode ser o garoto Rafael Martins, centroavante que marcou sete gols na Copa São Paulo.

Odone também está convencido de que jogadores como Felipe Mattione, Wagner, Heverton (zagueiro júnior convocado para o lugar de Teco, que ficará mais seis meses afastado por causa de novo rompimento nos ligamentos do joelho), Matheus e Leo logo despertarão o interesse de estrangeiros. Seriam a garantia de receita similar à proporcionada por Anderson, Cássio, Lucas e Carlos Eduardo. — Adoro quando desconfiam do nosso time. Não sairemos da Serra como favoritos, mas iremos retirar isso do Inter dentro de campo, com nossa raça espírito de superação. A torcida pode confiar — diz Odone.


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