Vencer por 3 a 0 o remendado time de reservas do América-RN, sábado, em Natal, serviu para manter até a última rodada a esperança do Grêmio de chegar à Libertadores. Daí para garantir a classificação, será um parto: além de vencer o Corinthians, no Olímpico, o time de Mano Menezes precisa torcer por empates de Cruzeiro e Palmeiras. Se um deles vencer, elimina os gaúchos.

A missão soa impossível, a julgar por matemática e lógica. Parece improvável que o Cruzeiro vacile em casa diante do mesmo América-RN, que praticamente treinou contra o Grêmio. E caso aconteça um milagre em Belo Horizonte, ainda é preciso voltar os olhos para o Parque Antárctica, onde jogarão Palmeiras e Atlético-MG. Se derrotar o time de Emerson Leão, os paulistas vão a 61 pontos — fora do alcance do Grêmio.

No sábado, ainda no vestiário do Machadão, Mano Menezes falava sobre as dificuldades antes mesmo dos resultados de domingo. Admitiu que a derrota em casa para o Figueirense foi decisiva, e desabafou sobre as perdas de Lucas e Carlos Eduardo, vendidos no meio da temporada:

— Complementando a perda, também dá uma olhada para a reposição, sem querer ofender ninguém.

Mano também comentou sobre seu futuro. E filosofou:

— Eu sei que em determinados momentos é muito difícil ser correto. Me parece que tem uma tendência muito forte a empurrar a gente para certas coisas que se tenta evitar. Vou continuar sendo correto.

O destino do técnico será conhecido nos próximos dias e o desfecho previsto é sua saída. Tite é um dos nomes cogitados.