Pesquisa de boca-de-urna divulgada na tarde deste domingo aponta que a candidata da coalizão Frente para a Vitória Cristina Fernández de Kirchner será eleita em primeiro turno para presidente da Argentina, segundo o site G1. O resultado, que aponta para um percentual de 46% a 46,3% do votos para a primeira-dama argentina, gerou comemoração dos partidários de Cristina no Hotel Intercontinental, no centro de Buenos Aires, onde fica o comitê eleitoral da candidata.

A candidata da Coalizão Cívica, Elisa Carrió, ficou em segundo, conforme a pesquisa, com 23,7% a 25% dos sufrágios, enquanto o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna foi terceiro, com 13,1% a 14%.

Se eleita, Cristina será a primeira mulher escolhida democraticamente para presidente do país. A Argentina foi presidida por Maria Estela Martínez de Perón, conhecida como Isabelita, entre 1974 e 1976, mas ela assumiu o cargo porque era vice do então presidente Juan Domingo Perón, seu marido, que morreu.

O maior cabo eleitoral de Cristina foi o bom desempenho da economia durante o governo de Néstor Kirchner, marido dela e atual mandatário. Apesar de a inflação ter crescido muito e incomodado os argentinos neste ano, a redução do desemprego e a melhoria dos salários, principalmente da classe baixa e média-baixa, acabaram revertendo em votos para a primeira-dama. A aceleração de programas de distribuição de renda para os mais pobres, justamente a faixa da população que pode eleger Cristina, também ajudou a candidata.