O meia Alex Alves e o zagueiro Cedrola se mostraram surpresos nesta quinta por terem sido barrados do treino principal do Juventude. Alves, titular em quatro dos oito jogos do Alviverde neste Brasileirão, e o defensor, titular em todas as partidas, foram avisados pelo técnico Flávio Campos que deveriam fazer exercícios de reforço muscular em vez de participar do coletivo que definiu o time para o jogo contra o Vasco, neste sábado, às 18h10min, no Estádio Alfredo Jaconi.

A direção tentou minimizar a questão, ao final do treino, abortando qualquer possibilidade de dispensas do meia e do zagueiro. Flávio alegou questões técnicas para a decisão.

– Não vou usá-los nem no jogo, nem no banco. Não tinha por que usá-los no coletivo se eles não estarão relacionados contra o Vasco. Eram 11 contra 11. Queria ver outros jogadores que posso vir a utilizar. Amanhã (hoje), eles voltam a treinar normalmente – justificou o treinador.

A decisão foi completamente avalizada pelo vice de futebol Carlos Maitelli.

– Eles não estão 100% fisicamente. É só ver os jogos – diagnosticou o dirigente.

Entretanto, era visível nos rostos dos dois jogadores que estavam surpresos e muito chateados com a determinação. Alex Alves não quis falar com a imprensa. Apenas disse precisaria esfriar a cabeça antes de dar alguma declaração.

– Amanhã, eu converso com vocês – encerrou.

Cedrola fez os exercícios e foi rapidamente embora.

Coincidentemente, a medida partiu um dia após o forte protesto dos torcedores no Estádio Alfredo Jaconi. Alex Alves e Cedrola foram alvos de duras críticas pela atuação na mais recente derrota do Juventude - o 3 a 1 para o Grêmio.

– Os jogadores não estão afastados. Acho que eles não estão em um bom momento e, por isso, não irão para o jogo (contra o Vasco) – enfatizou Flávio Campos.