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 | 12/03/2007 21h27min

Tumulto marca enterro de mototaxista no Rio de Janeiro

Motoqueiros e policiais envolveram-se em tumulto na entrada do cemitério

Um tumulto entre moradores da Favela da Grota, no Complexo do Alemão, e policiais do 3º BPM (Méier) marcou o enterro do mototaxista Jacson Vieira da Silva, de 25 anos, no Cemitério de Inhaúma, na tarde desta segunda-feira, no Rio de Janeiro.

Durante a confusão, um PM deu tiros para o alto e um colega seu bateu com o carro-patrulha em cerca de 15 motocicletas estacionadas na Avenida Pastor Martin Luther King Jr. O trecho ficou interditado ao tráfego por 20 minutos.

Jacson morreu na noite de sábado, ao ser baleado na Estrada do Itararé, em Ramos. Ele levava na garupa da moto o vendedor ambulante Adalberto de Moraes Apolinário, de 19 anos, que também foi atingido e continua hospitalizado em estado grave. (Veja fotos do tumulto)

Conforme a Agência O Globo, cerca de 50 mototaxistas saíram da Favela da Grota e foram juntos ao cemitério. Carregando faixas com frases contra a polícia, eles estacionaram suas motos na pista. Pouco tempo depois, um carro com dois policiais do 3º BPM chegou ao local e houve um princípio de tumulto. Para se proteger da multidão, o policial que desceu da patrulha para tentar desobstruir a pista atirou pelo menos duas vezes para o alto. Logo depois, seu colega bateu nas motos estacionadas. Os mototaxistas começaram a atirar pedras nos PMs, que pediram reforço. A situação só foi contornada quando cerca de dez carros da PM chegaram ao local.

O governador Sérgio Cabral determinou ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, que seja severo nas investigações sobre o caso. O comandante do 3º BPM, coronel Mauro Teixeira, disse que foi instaurado inquérito pela Corregedoria da PM. Segundo ele, a medida foi determinada pelo comandante-geral da corporação, coronel Ubiratan Angelo.

Os policiais do 3º BPM disseram na 44ª DP (Inhaúma) que os mototaxistas estavam fechando a avenida. Os PMs afirmaram que, quando tentaram liberar a pista, foram agredidos com paus e pedras. Segundo eles, o carro-patrulha foi danificado pelos manifestantes, e não por ter batido nas motos.

Após o tumulto, o caixão de Jacson foi tirado da capela e levado para sepultamento. Cerca de 300 pessoas, entre parentes e amigos da vítima, acompanharam o cortejo. Muito emocionadas, elas pediam justiça e acusavam policiais do 22º BPM (Maré) de terem atirado nas duas vítimas.

Testemunhas disseram que, por volta das 18h de sábado, os PMs passavam numa Blazer pela rua e, ao avistarem Jacson e Adalberto na moto, teriam ordenado que parassem.


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