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 | 18/01/2007 15h18min

Lula diz que aceitar diferenças é fundamental para a integração

Presidente afirma que Brasil e Argentina devem ter mais responsabilidade no Mercosul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje, no Rio de Janeiro, o reconhecimento das diferenças entre os países da América do Sul como caminho para efetivar a integração entre eles. Lula afirmou que Brasil e Argentina são os países que precisam ter mais responsabilidade dentro do bloco Mercosul. Segundo ele, os dois são os países mais importantes da região. O presidente não acredita que o Brasil ficará numa posição isolada durante a reunião do Mercosul por defender um tratamento diferenciado aos países menores que integram o bloco, como Paraguai e Uruguai.

– Nossa integração só se dará se tivermos disposição política de compreender que somos diferentes, que vivemos em Estados e países diferentes, com realidades diferentes, e precisamos aceitar o parceiro como ele é, não tentar fazer o parceiro ser como a gente. Assim não dá certo – disse.
 
– Se não compreendermos as assimetrias entre nós, a cada reunião estaremos fadados a voltar para casa frustrados porque as coisas não aconteceram. Para elas acontecerem, temos que mudar muito – acrescentou.

A 32ª Reunião da Cúpula do Mercosul começou hoje justamente expondo as divergências entre o Brasil e seus principais parceiros no bloco econômico. Entre os temas mais controversos estão a adesão da Bolívia e do Equador ao bloco, tema que tem o apoio do Brasil e a oposição de Argentina, Uruguai e Paraguai, e a negociação bilateral entre esses dois últimos países com os EUA. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse discordar da tese de que o Mercosul possa ser comprometido com essas crises internas.

Lula defendeu a criação de instâncias nos Congressos de cada país membro do Mercosul que possam agilizar a implementação de acordos internacionais. Segundo ele, é preciso que nos Congressos esses acordos tenham prioridades nas votações, porque hoje o tempo de tramitação médio destes é de cerca de cinco anos. Isto porque, de acordo com Lula, o projeto precisa seguir todo o trâmite normal.

– É preciso criar instâncias especiais para votar projetos especiais de integração – afirmou.

AGÊNCIA BRASIL
 
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