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 | 23/08/2006 00h53min

Déficit financeiro do RS centraliza debate na TVCOM

Candidatos ao governo do Estado concordam que dívidas são problema fundamental

Extinguir o déficit financeiro do Estado é ponto fundamental para realizar um bom governo. Os oito candidatos ao Executivo do Rio Grande do Sul que participaram do debate promovido pela TVCOM no Teatro da Amrigs, entre a noite de terça e o início da madrugada desta quarta, concordam que saná-lo é pré-requisito para investimentos consistentes em outras áreas cruciais, como educação, segurança, saúde e emprego.

Francisco Turra, do PP, defendeu um ajuste fiscal e a cobrança de dívidas da União, como o Fundo de Ressarcimento da Lei Kandir. Além disso, propôs enxugar a máquina pública, cortando cargos de confiança e reduzindo secretarias.

Na mesma onda, a tucana Yeda Crusius citou a necessidade de dinheiro em caixa para melhorar as condições de segurança da população. E emendou que um conjunto de ações na área não depende apenas do Executivo estadual, mas deve partir dele.

– Temos que mapear os locais onde ocorrem latrocínios, roubos e onde há crianças nas ruas – disse, argumentando que essas são formas simples e baratas de prevenir o crime.

O pedetista Alceu Collares descartou aumentar a alíquota básica do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestacao de Seriços (ICMS) para elevar a arrecadação – medida adotada entre 1991 e 1994, quando governou o Estado. Além de destacar números positivos de sua gestão, como um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superior a 23%, Collares proporcionou os momentos de maior descontração.

Assim que chegou ao microfone pela primeira vez, pediu para perguntar ao governador Germano Rigotto (PMDB). Pela regras, Rigotto, que já havia respondido, não podia ser questionado novamente no primeiro bloco. Collares não perdeu a chance de tentar e arrancou risos do moderador Lasier Martins.

O governador, por sua vez, considerou que os problemas financeiros do Estado são históricos, e não produtos de sua gestão. Atacado pelos concorrentes, que aproveitaram sua presença, sustentou:

– É um problema de 34 anos de má administração. Agora se esgotaram os remédios históricos que os governos usaram para enfrentar o déficit estrutural.

Não foi objetivo, no entanto, quando questionado por Olívio Dutra (PT) sobre o saldo atual do Caixa Único estadual.

– Quando o senhor assumiu o governo, o déficit do Caixa Único era de R$ 1,7 bilhão (a gestão anterior havia sido de Olívio). Qual é o saldo agora? – indagou o petista.

Rigotto desviou, dizendo que nunca considerou responsabilidade do adversário a difícil situação financeira em que o Estado se encontrava em 2003, já que o mandato anterior havia sido administrado por Olívio.

Sua gestão por sinal, quase não foi assunto durante as mais de duas horas e meia de conversas. Olívio foi questionado, sim, sobre os escândalos de corrupção que envolveram o PT nacionalmente. Edison Pereira, do PV, o acusou de não se posicionar firmemente em relação ao mensalão, por exemplo. Pereira considerou que o petista deveria ter abandonado a sigla.

Olívio se limitou a dizer que era favorável a expulsão daqueles contra quem fosse provada a prática de atos ilícitos. E que discursos eleitoreiros não seriam suficientes para acabar com a corrupção.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi alvo principal de ataques, mas ainda gerou outra controvérsia. Beto Grill, do PSB, que dá sustentação a base governista nacional, elogiou a atual administração do país. Com algumas ressalvas – pregou redução das facilidades oferecidas ao capital especulativo, por exemplo –, considerou que a gestão de Lula tem demonstrado avanços.

Ouviu resposta dura do ex-aliado Roberto Robaina, do P-Sol, partido formado por dissidentes do PT.

– Lamento que o senhor ache que o governo Lula avança – criticou.

• Os bastidores do debate no blog Corpo-a-corpo
• A análise das discussões no Votolog

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