| 14/04/2011 13h39min
A gravidez traz muitas alegrias e ao mesmo tempo muitas preocupações. Quarto do bebê, decoração, roupinhas, escolha do nome e chá de bebê são algumas delas. Mas existem outras coisas ainda mais importantes para se preocupar, como por exemplo, os exames do pré-natal.
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Os exames de sangue são o primeiro de muitos que são feitos durante as 40 semanas de gravidez. Algumas mães de primeira viagem ainda não conhecem a rotina de uma gestação, por isso conversamos com a médica Juliana Zimermann e preparamos um guia de exames para ajudá-las a compreender todo o processo.
Exames de sangue:
Tipagem sanguínea: Importante para diagnosticar e prevenir casos de incompatibilidade entre o sangue da mãe e do feto, situação conhecida como isoimunização Rh ou doença hemolítica do recém-nascido.
Hemograma: Mostra se a gestante tem anemia, infecção no organismo ou deficiência de plaquetas (que são importantes na coagulação sanguínea).
Glicemia de jejum: Faz o diagnóstico de diabetes melitus, ou indica o risco da gestante desenvolver diabetes gestacional.
Teste oral de tolerância à glicose: Também para o diagnóstico do diabetes gestacional. uma vez diagnosticado, o diabetes deve ser tratado com dieta, atividade física e em alguns casos, é necessário usar insulina. é importante diagnosticar o diabetes, pois ele configura uma gestação de alto risco.
Anti-HIV: Diagnosticando as gestantes HIV positivo, estas deverão usar, durante a gestação, bem como antes do parto normal ou da cesárea, medicamentos, tais como o AZT, que diminuem bastante o risco da transmissão vertical do HIV (da mãe para o feto). Essas gestantes não poderão amamentar.
Sorologia para lues (ou VDRL): Diagnostica se a gestante tem sífilis e permite que a mesma faça o tratamento com antibióticos, também diminuindo o risco da transmissão para o feto e portanto, diminuindo o risco de várias malformações fetais (causadas pela sífilis).
Sorologia para toxoplasmose: Também feita com o intuito de diagnosticar e tratar a toxoplasmose, na intenção de prevenir malformações fetais, embora hoje existam controvérsias em relação à eficácia do tratamento na prevenção destas malformações.
TSH (hormônio estimulador da tireóide): Para saber se a gestante tem alguma disfunção da tireóide (principalmente o hipotireoidismo) e, portanto, tratá-la, evitando que este problema atinja o feto.
Sorologia para hepatite B: Se a gestante for portadora do vírus da hepatite B, este pode ser transmitido para o feto causando malformações fetais. o ideal é tomar a vacina antes de engravidar.
Sorologia para rubéola: Da mesma forma, o ideal é tomar a vacina antes de engravidar, pois não existe tratamento para a rubéola na gravidez e esta também pode causar malformações fetais.
Exames de urina:
Parcial de urina: Serve para o diagnóstico de infecção urinária e mostra também quando a gestante está perdendo proteína pela urina.
Cultura de urina com teste de sensibilidade a antibióticos: Confirma o diagnóstico de infecção urinária, mostrando qual bactéria é responsável por esta infecção e qual antibiótico pode ser usado para tratar esta infecção.
Cultura vaginal e anal para streptococo grupo B: Realizado a partir da trigésima quinta semana de gestação, é importante, pois, se houver crescimento desta bactéria, a gestante que entrar em trabalho de parto ou apresentar rotura da "bolsa das águas", deverá tomar antibiótico endovenoso, no hospital ou clínica que for internada, para evitar que o feto se contamine com esta bactéria.
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Ultra-sonografia obstétrica:
A primeira ultra-sonografia é realizado no início da gestação (no primeiro trimestre) para confirmar se a gestação é única ou múltipla, para determinar se o embrião está bem posicionado (dentro do útero) e para confirmar a idade gestacional (o tempo de gravidez).
A segunda ultra-sonografia, geralmente, é realizado por volta da décima segunda ou décima terceira semana e serve para o rastreamento de aneuploidias, ou seja, diversas síndromes, entre elas a síndrome de down.
Entre a vigésima e a vigésima quarta semana, é interessante realizar a ultra-sonografia obstétrica morfológica, que visualiza, de forma detalhada, os diversos órgãos e sistemas do feto.
O exame de dopplerfluxometria é realizado quando há indicação pela ultra-sonografia morfológica, nas gestações de alto risco, na suspeita de crescimento intra-uterino restrito ou a pedido direto do obstetra. Avalia TREs compartimentos: materno (artérias uterinas), placentário (artérias umbilicais) e fetal (artérias cerebrais).
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Maratona de exames é importante para saber se está tudo bem com a mamãe e o bebê
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