| 01/10/2010 12h55min
A falta de hormônios produzidos pelos ovários devido ao processo de menopausa pode causar, entre outras alterações no organismo das mulheres, a osteoporose.
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A endocrinologista da DASA, Dra. Rosita Fontes, fala sobre a co-relação das duas condições, causas e tratamento da doença. A DASA, empresa representada em Curitiba pelo Frischmann Aisengart, avaliou recentemente 2.712 mulheres quanto aos níveis de CTX, substância que mostra indiretamente se o processo de reabsorção do osso está elevado, isto é, mulheres que, se não tratadas, poderão vir a apresentar osteoporose.
Para se ter uma ideia da importância da menopausa como fator predisponente à osteoporose, em 45% das mulheres que já haviam tido a menopausa, o CTX era elevado e o fato de estar na pós-menopausa, período em que a deficiência do hormônio feminino estrogênio é significativa, era único fator responsável pelo aumento.
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Em outras 15%, a menopausa também aparecia, mas juntamente com outros fatores que predispõem à osteoporose, como deficiência de vitamina D, doenças crônicas e uso de determinadas medicações, como por exemplo, os corticosteróides. Já nas mulheres que ainda menstruavam, apenas 19% apresentavam CTX elevado, sendo as doenças crônicas e o uso de medicações as principais causas. Nas demais 81%, o CTX era normal.
Sobre a Menopausa
A menopausa, nome dado à última menstruação, é, geralmente, causada pelo decréscimo natural da função dos ovários, levando a uma redução dos hormônios sexuais produzidos por estes órgãos, sendo o principal o estrogênio. Menos frequentemente, a menopausa pode estar relacionada a outras causas como, por exemplo, cirurgias ginecológicas.
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Habitualmente, a última menstruação ocorre entre os 47 e 55 anos, podendo haver variações individuais para menor ou maior idade. “Algumas mulheres param de menstruar sem apresentar sintomas. Entretanto, a maioria apresenta sinais e sintomas vários meses antes da parada definitiva da menstruação. As menstruações podem ocorrer em intervalos maiores e pode ocorrer também a alteração na quantidade eliminada (fluxo menstrual), havendo fases de fluxo intenso ou de fluxo reduzido. Dentre os sinais e sintomas mais frequentes no período inicial estão as ondas de calor ou fogachos, suores noturnos, insônia, diminuição do desejo sexual, irritabilidade, depressão e ressecamento vaginal”, diz a médica.
Alterações no Organismo da Mulher
Com o passar do tempo, podem aparecer outras alterações consequentes à falta dos hormônios, como a osteoporose, que ocorre devido à deficiência de estrogênio. Os ossos estão em um processo contínuo de formação e de reabsorção, ao que se dá o nome de remodelação óssea.
No processo de formação, mais cálcio é adicionado ao osso e no processo de reabsorção o cálcio é perdido do osso. “Quando esses dois processos estão em equilíbrio, o resultado é um osso forte e sem propensão a fraturas. Ao contrário, se o processo de reabsorção está aumentado, como pode ocorrer após a menopausa nas mulheres que não fazem a reposição com o hormônio feminino estrogênio, a tendência é caminhar para um processo de osteoporose”, explica Dra. Rosita.
Sobre a Osteoporose
Ao contrário do que se pensa, a osteoporose não apresenta dor. Geralmente, o que ocorre nesta idade são as dores articulares consequentes à artrose (reumatismo), pois ambas costumam acontecer na mesma idade. No entanto, a perda de cálcio dos ossos, se mantida, evolui até que o osso fragilizado frature, com todas as consequências e complicações que podem vir daí, inclusive a dor.
Em relação ao tratamento, algumas mulheres necessitam de reposição dos hormônios que o ovário parou de produzir - terapia hormonal da menopausa (TRHm) -, enquanto outras não necessitam deste tratamento ou o mesmo poderá até estar contra-indicado. Outras medicações podem ser indicadas para o tratamento da osteoporose quando esta já for detectada por meio do exame de densitometria óssea. Se houver deficiência de vitamina D, o suplemento será indicado, assim como o cálcio quando o consumo deste mineral na alimentação for baixo.
Outros medicamentos denominados de anti-reabsortivos também estão disponíveis. É importante lembrar que, em todos os casos, o médico assistente é o profissional indicado para definir se algum tratamento está indicado e qual a melhor opção em cada caso.
Fonte: Talk Comunicação
É importante lembrar que, em todos os casos, o médico assistente é o profissional indicado para definir se algum tratamento
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