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 | 28/09/2010 11h12min

Investir em intercâmbio vale a pena

Além de conhecer outro país, você pode incrementar o seu currículo

Que tal passar um tempo fora de casa, bem longe do Brasil? Vivenciar uma cultura diferente, conhecer pessoas, lugares e, também, estudar uma outra língua, ganhar uma grana extra e incrementar o currículo profissional. Muito mais do que uma simples viagem, o intercâmbio proporciona experiências inesquecíveis - é só perguntar para quem já foi.

>> Você já fez intercâmbio? Conte para a gente como foi a experiência!

Se existe a vontade, basta que você escolha o destino que melhor combine com você e com os seus objetivos. Eduardo Heidemann, da Travelmate Intercâmbio & Turismo, elenca os seis destinos mais buscados pelos intercambistas: Canadá, Irlanda, Inglaterra, Austrália, Nova Zelândia e EUA. Confira as vantagens e desvantagens de cada um deles:

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CANADÁ
O Canadá é um país bilíngue, com o inglês e o francês como línguas oficiais. Lá, permite-se que o estudante trabalhe - e a seleção para o emprego é feita direto no país. Leva-se em conta o perfil do candidato, sua experiência e seu nível de inglês ou francês.

Segundo Elisabete Francio, da Intercultural Cursos no Exterior, dependendo do nível de inglês (ou francês) do intercambista, ele pode primeiro estudar - e aprender a língua - e depois trabalhar pelo mesmo período. Ela fala também dos requisitos básicos para quem quer ir para o Canadá:

• Ter no mínimo 19 anos. O ideal é fazer o programa até os 30;
• Possuir nível intermediário de inglês. Para as províncias bilíngues, o interessado deve ter níveis intermediários de francês e inglês;
• Não precisa ser estudante universitário

Visto: sem entrevista pessoal - a própria agência encaminha a sua documentação para o consulado em São Paulo. Entre os documentos, inclui comprovar renda - eles avaliam a situação da pessoa como um todo - e provar que tem vínculos no Brasil.

Eduardo, da Travelmate, cita vantagens e desvantagens do Canadá:

Vantagens: o custo para viver e se manter no Canadá é relativamente baixo comparado com outros países. Para os interessados em treinar o idioma, o inglês falado no Canadá é um inglês mais fácil de entender, um "inglês de filme". Outro ponto positivo é que estrangeiros são muito bem recebidos.
Desvantagens: muito frio.

Canadá


IRLANDA

Apesar de ser um país europeu, a Irlanda tem um custo de vida mais baixo e regras (de visto) menos rígidas se comparado a outros países da Europa. Para ter direito ao visto de estudante - com permissão de trabalho -, é necessário que você esteja matriculado em um curso de no mínimo 25 semanas  (período integral)  e comprove que tem condições financeiras de se manter no país por um ano.

A permissão de trabalho é de até 20 horas semanais. Nas férias e recessos, o estudante pode trabalhar em período integral. E uma vantagem: o intercambista pode passar seis meses trabalhando e estudando e seis meses só trabalhando. Só na Irlanda você pode fazer isso.

Visto: a permissão de entrada é concedida quando o intercambista chega ao país - não é preciso tirar visto antes e nem comprovar nada. As únicas exigências são que você vá matriculado em um curso e tenha € 1.000,00 (mil euros) depositados numa conta (essa conta é aberta na Irlanda; deve-se depositar o dinheiro, tirar um extrato e apresentar na imigração na hora de solicitar o visto).

Vantagem: poder estudar e trabalhar e a questão facilitada do visto.
Desvantagem: clima muito úmido, chuvoso, e o sotaque, que é bem carregado e, por isso, mais difícil de entender.
Irlanda

AUSTRÁLIA 
Para estudar e trabalhar na Austrália, é necessário que o intercambista vá matriculado em algum curso (idioma ou outros) por mais de três meses. Se o objetivo é ficar menos, não é permitido o trabalho.

Visto: o processo é demorado e burocrático. É exigido uma papelada grande: comprovante de renda e vínculo, exames médicos... Você gasta um valor considerável - até a taxa de visto é mais cara. 

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Vantagem: A Austrália é um país bem semelhante ao Brasil no que diz respeito a cultura, povo, clima tropical e praias. Por este motivo, o intercambista tem uma adaptação mais rápida ao país.
Desvantagem: passagem aérea mais cara e dificuldade para tirar o visto.

Austrália


NOVA ZELÂNDIA

O país permite que estudantes em período integral (20 horas/semana) matriculados em cursos com mais de 6 meses de duração trabalhem por meio período enquanto estudam e em período integral nas férias e feriados. Se o objetivo é só estudar por até três meses, nem é preciso visto.

Visto: simples e menos burocrático.

Vantagens: as belezas naturais - a Nova Zelândia é o país dos esportes radicais. Também é um país culturalmente mais parecido com o Brasil e muito receptivo.   
Desvantagem: Distância e custo da passagem aérea.

Nova Zelândia


ESTADOS UNIDOS
 

O EUA é o país mais tradicional para intercâmbio desde sempre e é também o país que oferece o maior número de programas para intercambistas: você pode ir para os Estados Unidos somente para estudar um idioma, ou para trabalhar durante as férias (Work Travel - trabalhe em estações de esqui, cassinos...). Há ainda a opção de fazer o Ensino Médio numa escola americana, através do High School. Ou quem sabe fazer a graduação, ou a pós-graduação, ou um programa de estágio na sua área.

Visto: Para ir aos Estados Unidos, é necessário ir até o Consulado Americano e fazer uma entrevista presencial. Por isso, é preciso agendar com antecedência, apresentar uma série de documentos, entre eles comprovante de renda e vínculo.

>> Como tirar passaporte e visto para os EUA!

Vantagens: O inglês americano é o mais acessível. Os voos para os EUA são mais baratos.
Desvantagens: os cursos nos EUA são mais caros que no Canadá, semelhantes a Irlanda e mais baratos que na Inglaterra. Outra desvantagem é ter que agendar o visto.

EUA


INGLATERRA
Londres é o principal destino e também o mais caro, mas compensa pela cena cultural. Porém, é preciso ter grana: para obter o visto é preciso que você tenha £ 800 (800 libras) em conta para cada mês que vai ficar lá. Em outras cidades, não tão caras, são £ 600.

O Reino Unido permite que estudantes que estejam matriculados em cursos de carga horária de 15 horas semanais trabalhem, mas somente por 10 horas por semana. É necessário ainda que o interessado em obter visto de estudante tenha conhecimento intermediário de inglês e vá até São Paulo entregar a documentação solicitada.

Caso o intercambista só queira estudar por um período inferior a 6 meses, o visto é opcional. Só passa a ser obrigatório se a pessoa quiser trabalhar ou se for ficar por mais de 6 meses no país.

Visto: é necessário ir pessoalmente ao Consulado Britânico entregar os documentos. O visto tem um custo mais alto e é necessário ter os £ 800 ou £ 600 por mês de estadia.

Vantagens: facilidade para transitar em outros países da Europa, várias opções de turismo, uma gama imensa de eventos culturais.   
Desvantagem: clima úmido e chuvoso, custo de vida para morar em Londres é alto (uma libra equivale a R$ 2,64 - cotado em 10/09/2010) e é necessário comprovar ter os £ 800 u £ 600 por mês para o visto.

Londres


O que é comum a todos os países:

- Moradia: você tem a opção de morar numa casa de família ou numa residência de estudante. O valor final é semelhante, já que na casa de família, apesar de mais caro, têm refeições inclusas. (Depois que você já está lá, há a opção também de dividir aluguel com alguma outra pessoa.)

- Se você só pretende estudar um novo idioma, não é obrigatório que você tenha conhecimento profundo da língua, mas o ideal é que você tenha, no mínimo, uma noção básica. Eduardo lembra que o maior benefício de fazer um curso fora é poder praticar o idioma no dia a dia. Se você vai pra outro país sem ter noção alguma, terá muito mais dificuldades. Agora, se você pretende trabalhar, é obrigatório que você tenha um conhecimento, no mínimo, intermediário.

- O ideal para quem quer trabalhar é chegar ao país antes da temporada de verão ou inverno. Além de você ter tempo de conhecer o local, se familiarizar com tudo e todos, você paga mais barato. O preço da passagem na alta temporada é mais caro.

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HAGAH SC
SXC / 

Se você só pretende estudar um novo idioma, não é obrigatório que você tenha conhecimento profundo da língua, mas o ideal é que você tenha, no mínimo, uma noção básica
Foto:  SXC


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