| 20/07/2010 16h
Na hora de escolher o vinho, não sabe que aspectos levar em conta? Tem dúvidas sobre algumas denominações específicas? Levantamos 10 perguntas comuns sobre o mundo dos vinhos:
1. Qual a diferença entre vinho fino e vinho comum?
O vinho fino é elaborado exclusivamente com uvas viníferas, da espécie Vitis vinifera. São variedades oriundas da Europa, que originam vinhos de maior complexidade quanto a estrutura, sabor e aroma. Já os vinhos comuns são elaborados a partir de uvas americanas, da espécie Vitis labrusca. São uvas oriundas da América do Norte e originam vinhos simples, para consumo corrente, que lembram muito as características da fruta in natura.
2. Qual a diferença entre vinho varietal e assemblage?
Varietal, em sua essência, significa variedade, tipo de uva. Para atender a legislação brasileira e ser considerado varietal, um vinho fino precisa ser elaborado com no mínimo 75% da uva, cuja variedade será indicada no rótulo. Os 25% restantes poderão vir de outras variedades, desde que sejam da mesma espécie (Vitis vinifera). Assemblage é um termo francês que significa corte, ou seja, elaborado com dois ou mais vinhos de diferentes variedades e safras.
3. O vinho varietal é melhor que o vinho genérico?
Não. Declarar o tipo de uva no rótulo é apenas uma tendência moderna de informar ao máximo o consumidor sobre as características do produto que adquire. A maior parte dos vinhos resulta da mistura de varietais ou genéricos, nacionais ou importados para se obter um produto final mais completo.
4. Qual a diferença entre espumante e filtrado doce?
O espumante é um produto elaborado a partir de uvas finas, da espécie Vitis vinifera. A presença de gás carbônico é natural, oriundo de uma segunda fermentação, responsável pela formação do perlage nos espumantes.
Já o filtrado doce é elaborado a partir de uvas americanas e híbridas, uvas mais simples que originam produtos menos complexos. Outro detalhe é que no filtrado doce, não há uma segunda fermentação para a formação do perlage, mas sim a adição de gás carbônico no momento do envase (carbonatação). O filtrado doce é um produto gaseificado artificialmente, enquanto que o espumante apresenta pressão natural de segunda fermentação alcoólica.
5. Quais as temperaturas ideais para degustar um vinho branco e um vinho tinto?
Em países como o Brasil, onde são frequentes as temperaturas elevadas, nem sempre os vinhos tintos devem ser servidos à temperatura ambiente. Podem ser resfriados e retirados um pouco antes de serem degustados. A temperatura ideal para um tinto jovem varia de 14 a 16°C, já os mais encorpados e envelhecidos podem ser degustados a uma temperatura próxima aos 20°C.
Para os vinhos brancos, recomenda-se refrigerá-los. Os mais encorpados e secos devem ser degustados a temperaturas de 10º a 12°C. Os mais jovens e frutados, a uma temperatura um pouco inferior, entre 6 a 8°C.
6. Quanto tempo dura um vinho depois de aberto?
O ideal seria consumir todo o vinho após aberto, mas não sendo possível, você pode armazená-lo sob refrigeração, bem fechado. Para que não haja alteração de qualidade, deve ser armazenado durante dois a três dias. Se o vinho estiver acondicionado em uma embalagem maior, para conservá-lo você poderá tranferí-lo para uma garrafa menor, assim uma menor quantidade de vinho estará em contato com o oxigênio, porém deve ficar sob refrigeração.
Uma alternativa para quem costuma consumir pequenas doses de vinho diariamente, é a embalagem bag-in-box. O vinho é envasado numa bolsa confeccionada com filmes especiais. Possui uma válvula onde o líquido pode ser extraído, sem que o oxigênio entre em contato com o produto. A embalagem mantém o vinho com as mesmas características iniciais por até dois meses.
7. Qual a diferença entre enólogos e enófilos?
Enólogo: Título dado à pessoa formada em curso superior na elaboração de vinhos e derivados da uva e do vinho. Fica como responsável técnico do estabelecimento vinícola (pode ser substituído pelo engenheiro agrônomo).
Enófilo: É a pessoa amante do vinho, sem responsabilidades em sua elaboração.
8. Qual a duração/validade de um vinho?
A duração dos vinhos depende muito do modo como são armazenados, podem durar seis anos ou mais, ou apenas de três a quatro anos, caso não tenham o cuidado adequado.
9. Por que as rolhas de cortiça são as mais adequadas?
O arrolhamento com cortiça tem origem antiga e ainda hoje é o melhor material para conservação ideal do vinho. A cortiça é a casca do sobreiro (Quercusuber) e é formada por um tecido com pequenas células ocas hexagonais de modo que os gases ocupam 85% do seu volume, dando-lhe leveza e alta compressibilidade, impermeabilidade e resistência às alterações de temperatura e sua inércia não pode afetar o sabor do vinho. As melhores rolhas são as menos porosas e as originárias da Espanha, Portugal, Sardenha e Senegal. As rolhas de material plástico são reprovadas quando se trata de vinhos finos. É fundamental que a rolha deixe o vinho “respirar”.
10. É verdade que o vinho, quanto mais velho é melhor?
Depende do tipo do vinho. Em geral, é benefício para o vinho um tempo breve de permanência na garrafa de aproximadamente seis a 12 meses para que possa desenvolver o seu sabor aveludado, e seu buquê complexo. Tempo superior a esse já é considerado envelhecimento e somente é benéfico para os vinhos elaborados com esse objetivo, como os tintos com estrutura, encorpados, capazes de suportar esta etapa aprimorando seu sabor e aroma.
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(Fonte: Vinhos Aliança e Adega Franco)
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