| 07/11/2005 19h37min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou para conversar a líder sem-terra Diolinda Alves de Souza, mulher do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), José Rainha Júnior, que é procurado pela polícia. Ao ver que ela estava na platéia das pessoas que acompanhavam a inauguração de uma subestação de energia elétrica em Assis, no interior de São Paulo, o presidente a convidou para tomar um café reservadamente.
A Justiça do Pontal do Paranapanema condenou Rainha a 10 anos de prisão com a acusação de que participou de um incêndio a uma fazenda invadida pelo MST em 2001. Lula disse a Diolinda que estava preocupado com o filho do casal, João Paulo, de 12 anos, que Lula viu ainda bebê no colo da mãe. Diolinda disse a Lula que o menino João Paulo estava muito revoltado com a decisão da Justiça de determinar a prisão de seu pai. Rainha está foragido.
O presidente disse ainda que já passou por esse tipo de perseguição e que uma hora isso acabaria contra Rainha. Ela voltou a convidar Lula para estar no Pontal do Paranapanema no próximo dia 26, quando o MST fará um evento pela reforma agrária na região. Lula disse que estava à disposição do MST e que deveria sim comparecer à festa do movimento no Pontal.
AGÊNCIA O GLOBO