| hmin
Por trás dos altos índices de produtividade da economia de Santa Catarina estão centenas de pesquisadores em centros tecnológicos, universidades e empresas, estatais ou privadas. O trabalho destes profissionais, responsáveis pela pesquisa e desenvolvimento tecnológico, garante ao Estado a liderança nacional na produção de suínos, aves, mariscos, maçã, arroz irrigado, cerâmicas e outros tantos itens dos setores produtivos.
Com o desenvolvimento do suíno light e a redução do índice de mortalidade de aves, a Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia, impulsionou as duas principais atividades agroindustriais do Estado - suinocultura e avicultura - ao topo do ranking nacional em produção e produtividade. As pesquisas avançadas na área de suínos tranqüilizam as agroindústrias, às vesperas da abertura do mercado europeu, que é exigente em qualidade genética, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Felipe Luz.
O trabalho da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) conseguiu colocar o Estado, que ocupa apenas 1,13% do território nacional e tem 25% da área cultivada, entre os seis principais produtores de alimentos do país. Com uma estrutura de 14 gerências regionais, 11 centros de treinamento, 12 estações experimentais e presente nos 243 municípios, a Epagri tem muito a ver com este excelente desempenho, analisa o diretor-geral da entidade, Gilmar Germano Jacobowski.
Pesquisas da Epagri transformaram o Estado, em poucos anos, de importador a maior produtor nacional de maçã, exemplifica. “A malacocultura (produção de mariscos) também saiu do nada para a liderança na produção nacional”, ressalta. Cultivares de arroz irrigado desenvolvidas pela Epagri têm a maior produtividade do mundo em algumas propriedades de Agronômica, no Vale do Itajaí. Mesmo que sua principal função não seja a pesquisa, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) também colabora para a melhoria do desempenho produtivo em SC. Seis centros tecnológicos desenvolvem novas tecnologias para as indústrias cerâmica, moveleira, têxtil, metalmecânica, informática e alimentícia.