| 04/11/2005 14h31min
O Grupo de Trabalho Interministerial instituído pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o objetivo de articular as ações do governo federal para conter a expansão da febre aftosa reúne-se nesta tarde no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Brasília. O grupo irá definir uma pauta de negociações a ser apresentada aos governos estaduais e municipais que tiveram focos de febre aftosa.
Na última terça o grupo reuniu-se pela primeira vez. Ficou acertado que cada representante dos ministérios envolvidos, 12 ao todo, apresentará no encontro sugestões a serem implementadas nas áreas que se encontram sob risco sanitário. As propostas deverão considerar os programas desenvolvidos por cada pasta.
O grupo de trabalho também vai apoiar as negociações do Ministério do Agricultura no que se refere à suspensão dos embargos impostos por alguns países compradores de carnes brasileiras. Em caráter emergencial, poderá atender a população prejudicada pelos efeitos sócio-econômicos decorrentes da febre aftosa.
Na próxima quarta, dia 9, os integrantes do grupo de trabalho da febre aftosa estarão em Mato Grosso do Sul, onde se reúnem em Campo Grande com representantes do governo do Estado. Desta reunião também participarão representante do Banco do Brasil. À tarde o grupo se deslocará para a prefeitura municipal de Japorã, onde vai se reunir com prefeitos, representantes de frigoríficos e associações de classe.
Eles vão definir, entre outros assuntos, o pagamento das indenizações aos pecuaristas e pequenos criadores e produtores de leite que tiveram prejuízos com o surgimento da doença. Também vão discutir estratégias para recomposição da renda dos produtores, além do atendimento psicológico às famílias necessitadas.
Dos R$ 33 milhões liberados pelo governo federal por meio de Medida Provisória 265 para implementação de ações de apoio nas regiões com focos ou suspeitas, R$ 10 milhões serão destinados ao pagamento de indenizações no Mato Grosso do Sul.
O Mato Grosso do Sul tem 21 focos da doença identificados nos municípios de Eldorado, Japorã e Mundo Novo e notificados pelo Ministério da Agricultura à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). O Estado do Paraná continua sob investigação. As suspeitas recaem sobre propriedades nos municípios de Amaporã, Loanda, Maringá e Grandes Rios.