| 24/10/2005 12h07min
O governo paulista está vendendo o equivalente a 25% do capital do banco Nossa Caixa, que será o primeiro a participar do Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Segundo analistas, a expectativa de retorno para o investidor na Nossa Caixa é muito positiva.
Ao ingressar no Novo Mercado, a Nossa Caixa garante maior transparência e vantagens para o investidor minoritário. Em caso da venda do controle da instituição, por exemplo, os minoritários receberão 100% do valor pago pelo comprador ao governo. A Nossa Caixa é o 11º maior banco brasileiro, com patrimônio líquido de R$ 2,1 bilhões e R$ 22 bilhões em depósitos. No ano passado teve lucro líquido recorde, de R$ 379,5 milhões.
Além dos números sólidos, a Nossa Caixa ainda tem como atrativo a previsão de passar a receber as contas-salário dos funcionários públicos do Estado, a partir de 2007. Essas contas estão hoje com o Banespa. Outro diferencial é o fato de a Nossa Caixa receber os depósitos judiciais relativos as ações judiciais do estado de São Paulo. Esses depósitos totalizavam R$ 9,727 milhões em 30 de junho.
Com o valor mínimo de R$ 2 mil é possível fazer o pedido de reserva de ações da Nossa Caixa, em um banco ou corretora envolvidos na operação. O valor máximo para o pedido de reserva é de R$ 300 mil. Se a demanda for elevada, poderá haver um rateio entre os investidores, que incidirá nas faixas que excederem R$ 5 mil.
No total, estão sendo ofertadas 26,758 milhões de ações ordinárias (com direito a voto). A oferta poderá ter um lote adicional de 4,13 milhões de ações, se a procura superar em mais de um terço o volume de ações ofertadas. O ingresso do banco na Bovespa está marcado para o próximo dia 28.
A previsão inicial da Nossa Caixa é de que o valor dos papéis fique entre R$ 26 e R$ 31. Segundo profissionais do mercado de ações, no entanto, o preço poderá ser fixado acima da estimativa máxima. Os funcionários da Nossa Caixa, ativos ou aposentados, têm vantagem na colocação de ações, pois terão um desconto de 15% no valor dos papéis.
AGÊNCIA O GLOBO