| 21/10/2005 17h50min
Pesquisa realizada pela Associação Catarinense de Supermercados (Acats) indica que o abastecimento de carne bovina nos estabelecimentos no Estado foi normal durante a semana.
Foi constatada uma elevação no preço, de 10% a 12% em média, com alguns picos de 18%, mas só em cortes e produtos específicos. Os reajustes de preços foram de 10% no Extremo-Oeste, Sul e Planalto; 15% (Oeste); 12% (Vale do Itajaí); e 18% (Norte).
A tendência nos próximos dias, segundo o presidente da Acats, José Emílio Menegatti, é de normalidade e com perspectiva de que os preços possam retornar ao patamar anterior desde que foi descoberto o foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul.
Além disso, a maioria dos supermercados informou que está procurando minimizar o impacto do reajuste por meio de promoções.
Santa Catarina produz cerca de 60% da carne que consome, e o Mato Grosso do Sul sempre foi um dos maiores fornecedores dos frigoríficos e supermercados locais. Os mercados do Paraná e Rio Grande do Sul e mesmo de Santa Catarina estão suprindo a demanda do produto, em especial, o mercado gaúcho visto que no momento ocorre por lá o auge da chamada safra de gado de pastagem, o que garante uma boa oferta.
O que mudou neste período pós-anúncio do foco de aftosa é que a negociação passou a ser quase diária entre frigoríficos e supermercados.
– Numa situação como esta em que ocorre uma bolha de elevação no preço do produto os supermercados encurtam a negociação e fazem compras mínimas para sentir a tendência. Ninguém vai se estocar fortemente com preço da carne em alta. Todo mundo espera para ver o que vai acontecer – analisa Menegatti.