| 19/10/2005 16h53min
O ministério da Agricultura esclareceu hoje, em nota publicada em seu site, que a febre aftosa não representa qualquer impacto para a saúde pública. “Pode-se dizer, com segurança, que a febre aftosa é um problema essencialmente econômico e social”, informa o Departamento de Saúde Animal (DSA).
O papel mais importante do homem em episódios de febre aftosa, segundo o departamento, é a possibilidade de transmissão indireta do vírus a animais sadios através de roupas, calçados e mãos contaminadas, já que o agente pode sobreviver durante vários dias no meio externo. No homem, diversas doenças apresentam sintomas que incluem a formação de lesões na boca, mãos e pés, que podem ser confundidas com a febre aftosa.
Apesar de a infecção ter sido comprovada no homem na década de 30, em todo o mundo apenas 40 casos foram registrados em humanos até hoje, a maior parte por acidentes em laboratórios e com características benignas.
Há consenso entre a comunidade científica de que a febre aftosa é uma infecção de animais; o homem é um hospedeiro acidental que raras vezes se infecta e adoece.
O Departamento de Saúde Animal afirma que o consumo de carne não representa qualquer risco para a saúde humana no que se refere à aftosa. Em adultos, a infecção clínica é rara e provavelmente está associada a uma sensibilidade excepcional, de origem desconhecida.
O ministério da Agricultura alerta, entretanto, para o risco de ingestão de leite cru, oriundo de vacas enfermas. Evidências circunstanciais sugerem que crianças podem adoecer se ingerirem leite cru, o que pode ser evitado por meio do consumo de leite pasteurizado ou de leite submetido à fervura, uma recomendação importante para prevenção de muitas outras doenças transmitidas pelo produto.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA