| 19/10/2005 02h15min
A esperança dos empresários é de que o problema se resolva em 15 dias, quando o governo federal deve rever com a Rússia e a União Européia o embargo parcial à carne brasileira. Consumida internamente a um alto preço, ou liberado o estoque que seria exportado, os preços devem normalizar.
O economista e professor da Furb, Paulo Cesar Ribeiro, contesta o vínculo entre o embargo internacional e o aumento interno de preços. Para ele, o cenário de crise envolvendo a carne predispõe o consumidor a aceitar como normal o reajuste. Ribeiro explica que só uma parte do que seria exportado é consumida aqui, já que o corte da carne destinada à Europa é diferente do brasileiro.
- A solução seria diminuir o abate nas fazendas, manter congelada a carne bovina e esperar a liberação do embargo. O problema é o quanto custa esta armazenagem. Aí os frigoríficos aproveitam a crise para aumentar os preços e ganhar dinheiro para cobrir as despesas - pondera o economista.