| 18/10/2005 10h13min
Países da região Ásia-Pacífico começaram a traçar planos de emergência para enfrentar uma possível pandemia de gripe aviária que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é mais provável que aconteça nessa região.
O secretário americano de Saúde, Michael Leavitt, e o coordenador da ONU para a gripe aviária, David Nabarro visitaram, nos últimos dias, os países da zona para conhecer a situação e melhorar a cooperação na luta contra a gripe antes que se transforme em pandemia.
Ontem, durante uma visita a Hanói, Nabarro pediu à comunidade internacional que ajude o Vietnã, país com o maior número de vítimas mortais da gripe aviária até agora, 41 pessoas.
O vice-primeiro-ministro permanente do Vietnã, Nguyen Tan Dung, assegurou a Nabarro que seu Governo está determinado a mobilizar toda a população (83,5 milhões de habitantes) para combater a gripe aviária.
– A cooperação internacional é fundamental nos esforços que todos estamos realizando contra a gripe aviária – ressaltou Leavitt ao término de sua viagem asiática para discutir este assunto. Antes da Indonésia, o secretário visitou a Tailândia (12 mortos), o Camboja (quatro mortos), Laos e Vietnã (41 mortos).
As autoridades vietnamitas prevêem, em caso de pandemia, a paralisação do setor avícola e o sacrifício em massa de aves infectadas. O plano, que também prevê a formação de equipes de saúde móveis e a quarentena dos infectados, terá um custo de US$ 440 milhões, que Hanói espera ser financiado por países doadores.
Ainda não há vacina contra a gripe aviária provocada pelo vírus H5N1, mas vários laboratórios do mundo pesquisam uma vacina e os testes do CSL Limited estarão completados até o fim do ano. Centros da Tailândia começarão a testar em humanos em março de 2006.
AGÊNCIA EFE