| 16/10/2005 21h19min
Mesmo depois da polêmica que cercou a divulgação de um estudo do Ministério da Fazenda para redução das tarifas de importação no Brasil, o ministro Antonio Palocci voltou a defender, hoje, maior abertura nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Palocci falou depois do encerramento da reunião de ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do G20 (grupo de 20 países ricos e em desenvolvimento) em Xianghe, cidade a 50 quilômetros de Pequim.
O documento da Fazenda propôs a redução drástica das alíquotas de importação de produtos industrializados, com a máxima caindo de 35% para 10,5%. Se concretizada, seria a maior abertura comercial já feita no Brasil desde o governo Collor (1990-92).
Palocci defendeu a "interferência sadia'' dos ministros da área econômica para influenciar os setores mais resistentes à abertura nos diferentes países. O ministro observou que o Brasil já concordou em abrir seu setor de resseguros ao capital estrangeiro e estuda uma maior abertura em relação a bancos. A exigência de decreto do presidente da República para autorizar a instalação de instituições financeiras estrangeiras no Brasil poderá ser revista, desde que haja concessões dos países ricos, disse o ministro.
Palocci também se reuniu com o ministro das Finanças da China, Jin Renqing, para tentar amenizar a tensão provocada pela adoção de medidas de salvaguardas para a indústria brasileira. Foi criado um grupo de trabalho para formular "estratégias conjuntas de crescimento econômico".
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