| 14/10/2005 19h40min
A proibição da caça de aves selvagens decretada nesta sexta, dia 14, pelo governo turco é a última de uma série de medidas destinadas a evitar a expansão da gripe aviária no país, após a detecção do foco na semana passada.
Segundo a agência local Anatólia, a ordem do Ministério do Meio Ambiente e Florestas assinala que não se poderá realizar nenhuma atividade de caça desses animais "até segunda ordem".
Esta medida foi adotada um dia depois de o comissário de Saúde europeu, Markos Kyprianou, confirmar que o vírus descoberto na Turquia é do tipo H5N1, altamente patógeno. Desde que a gripe aviária foi detectada na Turquia vários criadores e cinco funcionários do Ministério de Agricultura foram vacinados para prevenir possíveis infecções.
O Ministério da Saúde turco lembrou que não houve nenhum caso de infecção em seres humanos. Mesmo assim, foi anunciada a vacinação de todos os granjeiros da região.
As notícias estão afetando negativamente o setor na Turquia, sobretudo depois que grandes importadores de aves, como a Polônia e a Grécia, anunciaram o cancelamento das compras.
A gripe aviária, detectada na província ocidental de Manisa após a morte de 2 mil frangos, causou o alerta entre as autoridades e os cidadãos turcos. Segundo fontes oficiais, a pequena cidade de Kiziksa, onde a epidemia apareceu, permanecerá em quarentena durante pelo menos três semanas e todas as aves da região serão sacrificadas para evitar a extensão da doença.
No domingo três mil aves foram sacrificadas na praça principal de Kiziksa e, segundo seu prefeito, Ekrem Gokturk, os cachorros e os gatos de rua terão o mesmo destino.
A Organização da ONU para a Agricultura e a Alimentação (FAO) confirmou que a Turquia adotou medidas rápidas e eficazes para minimizar as perdas que a epidemia poderia causar.
Manisa fica em uma das principais rotas das aves migratórias, já que o lago e o parque nacional que ali estão são uma excelente base alimentícia para mais de 200 espécies de pássaros.
AGÊNCIA EFE