| 14/10/2005 13h51min
Por meio de um advogado, cinco petistas da lista de deputados envolvidos no escândalo do mensalão protocolaram hoje no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança. Eles pedem que a Mesa da Câmara volte a apreciar o caso, sendo obrigada a analisar a situação de cada um dos parlamentares individualmente, tipificando o crime cometido e a pena correspondente a cada um.
O recurso solicitado pelos petistas ainda não tem um relator. Também não há prazo para o ministro sorteado responder ao pedido dos cassáveis.
Com o pedido, os deputados João Paulo, José Mentor (SP), Professor Luizinho (SP), Paulo Rocha (PA) e Josias Gomes (BA) esperam ganhar nova liminar, com efeito suspensivo, antes das 18h de segunda, quando os processos serão abertos. O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), porta-voz do grupo, nega que a ação tenha como objetivo protelar o início do processo. O presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), pensa o contrário.
Os petistas alegam que a liminar concedida pelo presidente do STF, Nelson Jobim, há cerca de um mês, foi descumprida pela Corregedoria da Câmara, que não fez relatórios distintos depois de ouvir os acusados e os processos foram votados globalmente pela Mesa. O deputado João Magno (MG), também incluído entre os 13 que devem responder a processo, não quis recorrer ao STF.
Também na lista dos 13, os quatro deputados do PP, inclusive o líder do partido, José Janene (PR), analisam com advogados a conveniência de entrar ainda hoje com o mesmo recurso ao Supremo. Independentemente da forte possibilidade de renúncia, o deputado José Borba (PMDB-PR) também deve participar da manobra para tentar conseguir a liminar com efeito suspensivo.
AGÊNCIA O GLOBO