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 | 13/10/2005 11h44min

Família acredita que morte de perito foi natural

Carlos Delmonte Printes trabalhava no caso Celso Daniel

A polícia civil de São Paulo investiga a morte do médico-legista Carlos Delmonte Printes, perito do caso Celso Daniel, prefeito de Santo André assassinado em 2002. Na época do crime, Delmonte afirmou que o prefeito tinha sido torturado. Tanto a polícia quanto a família dizem acreditar que o perito sofreu um infarto, mas mesmo assim o caso vai ser investigado pela divisão de homicídios da Polícia Civil de São Paulo.

Um laudo preliminar deverá ser divulgado ainda hoje e o resultado definitivo do Instituto Médico-Legal (IML) sairá em uma semana. A necropsia foi feita durante toda a madrugada. O corpo foi radiografado.

O registro feito pela polícia foi de "morte suspeita", já que foi encontrado no local uma carta com várias páginas em que o perito deixava instruções para a família sobre questões bancárias e falava até que gostaria de ser cremado.

– Nós vamos agora analisar com mais calma. O corpo dele será examinado. Vamos aguardar a conclusão do levantamento de local e, posteriormente, o exame do IML – disse Domingos Paulo Neto, diretor do departamento de homicídios.

A porta do escritório onde o corpo foi encontrado estava trancada por dentro e não havia sinais de violência. Segundo a família, Carlos Delmonte estava com uma grave inflamação no coração. Em entrevista à Rede Globo, o filho do perito, que encontrou o corpo no escritório, afirmou que Delmonte não estava sendo ameaçado e que a saúde dele era frágil.

O Ministério Público acredita que a morte do prefeito está relacionada com um suposto esquema de corrupção. Esta é a sétima morte envolvendo pessoas ligadas ao assassinato de Celso Daniel. A promotoria considera que nos seis casos anteriores pode ter havido queima de arquivo.

AGÊNCIA O GLOBO
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