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 | 07/10/2005 15h48min

Onyx discutirá CPI do PT gaúcho com bancada estadual

Presidente do PFL no Estado disse que é preciso detalhar as questões locais

O deputado federal Onyx Lorenzoni (PFL), presidente da sigla no Rio Grande do Sul, está no Estado para discutir com os três deputados da bancada estadual o apoio à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ligações do PT gaúcho com o dinheiro de Marcos Valério.

Os pefelistas não assinaram o pedido de abertura da comissão, feito pelo deputado Vieira da Cunha (PDT). Uma das alegações é que o caso já seria investigado nas CPIs em Brasília, o que foi rebatido por Onyx, em entrevista à Rádio Gaúcha.

– A CPI dos correios não investiga mais esse assunto, porque está numa outra fase, de investigação da origem do dinheiro. A do Mensalão está preocupada com as ligações entre deputados – explicou.

De acordo com o presidente do PFL gaúcho, as comissões em Brasília investigam as grandes relações dos Estados com esquema do valerioduto, mas o detalhamento e as questões locais devem ser investigadas pelos deputados estaduais. Onyx destacou que, por enquanto, essa é a opinião pessoal dele e não a do partido.

Sobre José Dirceu, Onyx comparou o ex-ministro da Casa Civil ao gângster norte-americano Al Capone.

– Al Capone enganou todo mundo e foi pego por uma filigrana da lei americana – disse, em referência à denúncia que fez ontem de que Dirceu não declarou um empréstimo pego com o PT ao Imposto de Renda.

O deputado gaúcho disse que é irrelevante se o dinheiro foi um empréstimo ou uma antecipação, como justificou José Dirceu. Para Onyx, o importante é que havia uma dívida de Dirceu com o PT. Como a mesma foi paga com seis cheques pré-datados, essa movimentação deveria ter sido declarada ao Fisco.

– Ele não colocou porque sabia que não podia colocar isso porque estaria confessando que usou dinheiro do fundo partidário. Ontem o PT emitiu uma nota dizendo que R$ 13,6 mil foram gastos com passagem, hospedagem e despesas de viagem para a esposa de José Dirceu. É mais grave ainda, porque a lei não prevê que o fundo partidário, que é dinheiro público, pague despesas de esposa de líder partidário – acusou.

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