| 05/10/2005 16h59min
A promotoria de Defesa de Direitos Humanos do Ministério Público (MP) vai solicitar entre esta e a próxima semana uma proposta sobre um termo de ajustamento de conduta à Secretaria de Segurança do Estado. O objetivo é fazer com que os policiais que atuam com o público realizem cursos de qualificação e capacitação. Se a secretaria não concordar, o MP ingressará com ação civil pública na Justiça.
Para a promotora Ângela Rotuno, a Brigada Militar tem cometido equívocos nos últimos meses, mas todos são fatos isolados. O trabalho do Ministério Público será paralelo ao acompanhamento da promotoria nos inquéritos criminais nos casos do estádio Beira-Rio e da morte de um sindicalista em Sapiranga.
Durante uma reunião com Ângela hoje, quatro deputados estaduais da comissão de Direitos Humanos da Assembléia pediram o apoio da promotoria. Segundo o parlamentar Dionilso Marcon (PT), eles pedem a prisão preventiva dos cinco policiais envolvidos na morte do sindicalista Jair da Silva, na última sexta durante protesto em Sapiranga, no Vale do Sinos. Os deputados estaduais pediram ainda a identificação dos acusados. Já a Federação dos Sapateiros não descartou a possibilidade de ingressar com um pedido de acompanhamento do caso pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
Amanhã, a Brigada Militar e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizam a primeira reunião para discutir procedimentos de conduta durante mobilizações sociais. Os encontros serão quinzenais.
CID MARTINS/RÁDIO GAÚCHA