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 | 05/10/2005 11h49min

BNDES financiará implantação de parques eólicos em Osório

Instituição investirá R$ 465 milhões na construção da maior usina brasileira

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá financiar R$ 465 milhões para a instalação de três parques eólicos no município de Osório, no Rio Grande do Sul. O contrato de financiamento foi assinado ontem, no Rio de Janeiro, pelo presidente do BNDES, Guido Mantega, e o presidente da Ventos do Sul Energia S/A, Telmo Magadan.

O projeto aprovado terá capacidade de gerar energia elétrica de 150 megawatts (MW), o que o tornará o maior parque do Brasil e o segundo do mundo. Cada parque terá 50 MW de capacidade. Durante a construção, 500 empregos diretos serão gerados.

O crédito do banco corresponde a 69% do valor total do investimento, sendo R$ 105 milhões liberados diretamente pelo BNDES e os outros R$ 360 milhões repassados através de um consórcio de bancos, formado pelo Banco do Brasil, Santander, ABN Amro Real, BRDE Caixa do Rio Grande do Sul e Banrisul. O empreendimento do parque eólico de Osório, realizado no âmbito do Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Fontes Alternativas (Proinfa), é o primeiro aprovado pelo BNDES para esse tipo de geração de energia.

Segundo a instituição financeira, um dos méritos de se investir em energia eólica é a sua contribuição para a diversificação da matriz energética brasileira como fonte de recursos renováveis. O parque reduzirá a emissão de gases do efeito estufa por MW/hora de energia gerada no sistema interligado, criando, com isso, um potencial de geração de créditos de carbono.

A empresa Ventos do Sul S/A é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) criada com a finalidade de construir três parques eólicos, denominados Parque Eólico dos Índios, de Osório e de Sangradouro. Ela é composta por três empresas: a espanhola Enerfin Enervento S/A (controlada pela Elecnor, umas das principais operadoras de energia elétrica do mundo), a brasileira Wobben (fabricante de aerogeradores e subsidiária do grupo alemão Enercon, que fornecerá os equipamentos do projeto), e a CIP Brasil (constituída por dirigentes da Ventos do Sul).

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