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 | 01/10/2005 18h05min

Fórum em Cuba reivindica anulação de dívidas externas ilegítimas

Países subdesenvolvidos pagam cerca de US$ 200 bilhões por ano

O Encontro Sul-Norte de Resistência e Alternativas à Dívida Externa, realizado em Havana, Cuba, aprovou uma declaração que afirma que a acelerada globalização exacerbou a crise das dívidas externas dos países subdesenvolvidos e é um obstáculo para o desenvolvimento. Os quase 400 participantes, de 51 países, concluíram que é preciso anular a dívida externa dessas nações pelo fato de ser "ilegítima, injusta e impagável".

O texto considera que os países do sul (subdesenvolvidos) são os verdadeiros credores do norte, devido à "pilhagem social, ecológica e financeira a que são submetidos". O documento também afirma que os governos, empresas transnacionais e instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) devem aceitar a responsabilidade por este tipo de transferência, por "perpetuar a crise da dívida".

Segundo dados expostos pelos delegados durante as sessões de trabalho, os países do sul pagam anualmente em conjunto cerca de US$ 200 bilhões em decorrência da dívida externa, e a América Latina, em particular, desembolsa US$ 40 bilhões de dólares. Os representantes de organizações não-governamentais, movimentos contra a dívida, acadêmicos e ativistas sociais anunciaram, além disso, a criação de um Observatório Internacional da Dívida, que já conta com 40 países membros.

AGÊNCIA EFE

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