| 28/09/2005 16h03min
Um dia depois de a Casa Rosada informar que o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, não participaria da reunião da Comunidade Sul-Americana de Nações (Casa), na próxima sexta, em Brasília, o governo brasileiro já respira aliviado hoje. Kirchner sensibilizou-se com os insistentes apelos do Palácio do Planalto e do Itamaraty e decidiu voltar atrás.
– A cúpula ficaria esvaziada sem o presidente argentino. Mas Kirchner percebeu que seria um grande erro político se ele não estiver aqui – comentou um graduado diplomata brasileiro.
Fontes do Itamaraty e do Palácio do Planalto asseguram que haverá convidados de peso na reunião de presidentes da América do Sul. Até o momento, poucos presidentes comunicaram que enviarão representantes, entre os quais os da Colômbia, da Guiana e do Suriname.
Além do caráter político que a caracteriza, a cúpula de presidentes sul-americanos tem, pelo menos, dois objetivos: revigorar o processo de integração física na região e reforçar as relações entre Mercosul e Comunidade Andina. Atualmente, há 18 projetos de infra-estrutura em execução e quatro foram recentemente inaugurados. O total de recursos previstos é de US$ 5 bilhões, dos quais US$ 2,1 bilhões investidos pelo Brasil.
AGÊNCIA O GLOBO