| 28/09/2005 11h33min
O terceiro-secretário da Câmara, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), acusou o governo de promover compra de votos para ganhar a eleição para a presidência da Câmara. Gomes disse que a liberação de emendas às vésperas do escrutínio "impôs constrangimento aos deputados" e deixou a Câmara "mais uma vez exposta".
Para o parlamentar, a atitude do governo é interpretada pela sociedade como se os deputados orientassem seus votos de acordo com concessões do Executivo. Eduardo Gomes afirmou que o governo, que agora libera milhões em emendas, é o mesmo que se recusou, durante dois anos e sete meses, a disponibilizar os recursos que os deputados legitimamente incluíram no Orçamento.
O terceiro-secretário, que declarou voto no candidato José Thomaz Nonô (PFL-AL), disse que, muito mais do que uma avaliação dos candidatos, a eleição do novo presidente da Câmara servirá para medir o poder de influência que o governo tem sobre o Poder Legislativo.