| 28/09/2005 00h39min
Às 10h, começa o processo para eleição do novo presidente da Câmara, que exercerá um mandato tampão até 2 de fevereiro de 2007. Dez parlamentares disputam a vaga deixada por Severino Cavalcanti (PP-PE), que renunciou ao cargo na última semana depois de denúncias indicarem que ele teria recebido propina para renovar o contrato de Sebastião Buani, dono de um restaurante na Câmara.
Apesar do período reduzido, o mandato de presidente tem o maior número de candidatos da história da Câmara brasileira. Até as 9h, no entanto, é possível que algum parlamentar desista de concorrer. As inscrições terminaram às 18h30min de terça.
Aldo Rebelo (PC do B), candidato oficial do Planalto, enfrentará a oposição ao governo na Câmara. PDT, PPS e PV anunciaram a adesão a José Thomaz Nonô (PFL-AL), que já contava com o apoio do PSDB e do Prona. Com a aliança, a oposição quer terminar o primeiro turno com pelo menos 145 votos, o que a credenciaria para passar ao segundo turno e disputar a vaga com Aldo.
O segundo turno ocorre se nenhum dos candidatos conseguir maioria absoluta – metade mais um dos votos, ou 257 (há 513 deputados). Nessa hipótese, a nova votação está prevista para começar às 18h.
Ainda pela manhã, o presidente em exercício, José Thomaz Nonô, abrirá a sessão quando atingido o quorum de 257 deputados. A votação será secreta, em cédulas de papel e em cabine fechada. Após votar, o deputado colocará a cédula em um envelope e o depositará nas urnas instaladas no plenário. Cada candidato terá 15 minutos para discursar e tentar convencer os 512 colegas de que suas propostas são as melhores.
Encerrada a votação, a Mesa Diretora iniciará a apuração, acompanhada por dois ou mais deputados indicados pelos partidos e candidatos.
Dos 10 postulantes à presidência da Casa, três têm cargos na atual Mesa Diretora: José Thomáz Nonô (PFL) é primeiro vice-presidente; Ciro Nogueira (PP) é segundo vice-presidente; e João Caldas (PL) é quarto secretário. Se algum deles for eleito, terá de renunciar imediatamente ao cargo que ocupa.
AGÊNCIAS CÂMARA, BRASIL E ZERO HORA