| 27/09/2005 22h41min
Parlamentares acusados de corrupção apresentaram suas defesas nesta terça-feira na Corregedoria da Câmara. O deputado João Magno, do PT, apresentou 40 recibos sem data para comprovar gastos de quase R$ 80 mil com o aluguel de carros na campanha eleitoral de 2004. Apresentou também notas fiscais para explicar parte dos R$ 426 mil que recebeu do empresário Marcos Valério.
Quatro notas da empresa Brindes e Companhia têm numeração em série. Mas a nota número 426 foi emitida 47 dias antes da nota de número 425.
Magno disse que houve uma falha do contador na emissão dos recibos. Outros deputados prestaram depoimento nesta terça-feira. Vadão Gomes, do PP, negou que tenha recebido dinheiro de Valério.
– Jamais tive qualquer tipo de participação em negociações, em benefícios, em ajuda para partido – garantiu.
O deputado professor Luizinho, que foi líder do governo, disse que R$ 20 mil sacados por um assessor das contas de Marcos Valério foram gastos em campanhas políticas. Mesma justificativa do ex-líder do PT, Paulo Rocha, que recebeu R$ 900 mil do das contas do empresário mineiro.
Já o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha explicou que R$ 50 mil sacados pela mulher dele no Banco Rural pagaram pesquisas eleitorais no interior de São Paulo.
A corregedoria marcou os últimos três depoimentos para quinta-feira. E promete apresentar um relatório na próxima semana sobre os 16 deputados acusados pelas CPIs dos Correios e do Mensalão.
AGÊNCIA O GLOBO