| 27/09/2005 16h47min
As exportações de Santa Catarina para o Mercosul bateram o recorde do ano até o momento: US$ 41,2 milhões em agosto. Apesar do desempenho, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) é cautelosa ao analisar a cifra. É que no acumulado do ano, o índice de crescimento, de 19,46%, é muito inferior à alta das exportações do Brasil ao bloco, de 32,65%.
Santa Catarina exportou no período US$ 263,6 milhões, apenas 3,51% do total vendido pelo Brasil, de US$ 7,5 bilhões. Para a Fiesc, esse é mais um reflexo do dólar baixo, dos juros altos e da falta de investimentos em infra-estrutura de transportes. De janeiro a setembro, menos de 5% dos recursos previstos no Orçamento Geral da União para essa área foram efetivamente pagos.
O papel cartão kraftliner foi o produto catarinense mais vendido ao bloco de janeiro a agosto, totalizando negócios de US$ 21 milhões, 12% a mais em relação ao mesmo período de 2004.
No ranking dos 10 produtos mais vendidos, os refrigeradores e congeladores vêm em segundo lugar, com negócios de US$ 20,4 milhões, uma alta de 9,52% que reverteu a queda de 1,9% em julho.
Em seguida vêm carrocerias de veículos, motores elétricos, roupas de toucador, cerâmica, bananas, papel cartão cru, carne suína e motocompressores.
O maior crescimento relativo foi das carrocerias, com 277,9%, ainda reflexo da retomada da Busscar. Na lista dos mais vendidos, apenas a carne suína teve retração em relação aos primeiros oito meses de 2004, com queda de 50,31%.
A Argentina mantém-se em primeiro lugar entre os maiores importadores de produtos catarinenses do Mercosul, com compras de US$ 188,3 milhões de janeiro a agosto, 19,26% a mais que nos primeiros oito meses de 2004. O Paraguai vem em segundo, com US$ 41,3 milhões (o maior crescimento relativo, de 23,34%), e o Uruguai em terceiro, com US$ 33,9 milhões, alta de 16,06%.