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 | 21/09/2005 12h10min

FMI reduz previsão de crescimento do Brasil para este ano

Fundo aponta crise política e preços do petróleo como fatores de risco

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento do Brasil para este ano reduzida para 3,3%, diminuindo em quatro décimos a expectativa de aumento do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada em abril. Em 2004, a economia brasileira creceu 4,9%. A correção do cálculo, explica o FMI em seu informe sobre o Panorama Econômico Mundial, se deve ao "primeiro trimestre deste ano, no qual a atividade foi mais fraca que o esperado". Mas a expectativa do Fundo é que esse percentual suba para 3,5% no ano que vem. O FMI alerta, no entanto, para a instabilidade política no país e alta do preço do barril de petróleo.

"Os indicadores da atividade recente sinalizam um potencial de aumento do crescimento, mas os altos preços do petróleo e as possíveis repercussões da crise política se tornam fatores de risco", diz o relatório.

Em relação à Argentina, o FMI elevou sua perspectiva de crescimento tanto para 2005 quanto para 2006, mas afirmou que o país precisa endurecer sua política monetária para dispersar uma possível retomada da inflação. Segundo o FMI, a força das exportações e a onda de investimentos devem gerar uma alta na expansão do Chile, que também deve beneficiar o Peru. Os países produtores de óleo, Venezuela e Equador, estão aproveitando as condições flutuantes dos altos preços da Energia, o que deixa os dois países mais resistentes às vulnerabilidades econômicas.

O FMI acredita, ainda, que a inflação na América Latina deve permanecer volátil, resultado das variações dos preços das commodities. Em seu informe, reiterou sua previsão de um crescimento de 4,1% para este ano. Para o ano que vem, no entanto, a expectativa é que haja uma pequena desaceleração nesta expansão, que deve ficar em torno de 3,8%.

"O crescimento econômico da América Latina é gerado principalmente pelas sólidas exportações de matérias-primas", afirmou o FMI em seu relatório, citando como possíveis riscos para este prognóstico um crescimento mais lento dos Estados Unidos, os fortes aumentos das taxas de juros globais e novas altas dos preços do petróleo.

AGÊNCIA O GLOBO

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