| 20/09/2005 19h21min
O procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza decidiu pedir novas diligências para a conclusão do inquérito que investiga a suposta extorsão feita pelo empresário Sebastião Buani ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE). O procurador deve encaminhar até amanhã a decisão e o inquérito ao Supremo Tribunal Federal, que deve tomar a decisão final.
O plenário do STF decidiu na última quinta-feira que quando uma autoridade deixa o cargo ela perde o direito ao foro privilegiado. Assim, se Severino renunciar à presidência da Câmara e ao mandato de deputado, ele poderá responder processo na primeira instância da Justiça comum.
Com o surgimento de indícios de que Severino teria cobrado propina de Buani – e não o contrário – o deputado, o empresário e a secretária de Severino, Gabriela Kênia Martins, passaram à condição de investigados. Na semana passada Buani apresentou o cheque de R$ 7,5 mil que teria sido pago em 2002 a Severino (então
primeiro-secretário da Câmara),
para que ele renovasse a concessão do restaurante que fica no 10º andar da Câmara dos Deputados.