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 | 20/09/2005 16h47min

Katrina altera os planos econômicos do presidente Bush

Governo norte-americano deverá reavaliar orçamento do país para 2006

As despesas com reconstrução geradas pelo furacão Katrina alterarão as prioridades econômicas do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e talvez impeçam que sejam feitos alguns cortes de impostos.

Conforme o secretário do Tesouro, John Snow, análises do governo calculam em cerca de US$ 100 bilhões os danos materiais causados pelo furacão. O Katrina chegou em 29 de agosto as costas de Louisiana, Mississippi e Alabama e, quatro dias antes, à Flórida. O Congresso já aprovou uma ajuda de emergência de US$ 62,3 bilhões, e alguns economistas calculam que o custo total dos consertos e da assistência aos desabrigados será de cerca de US$ 200 bilhões de dólares.

– Isso passou a dominar o programa nacional, e acho que continuará assim por um tempo – afirmou Snow.

Segundo a análise, o impacto do Katrina empurrará para segundo plano alguns assuntos que estariam agora em primeiro lugar, como o imposto sobre a herança e a permanência dos cortes tributários. A redução de impostos foi o aspecto predominante, quase absoluto, da política econômica de Bush desde que chegou à Casa Branca em 2001. Alguns dos cortes de impostos aprovados pelo Congresso vencem a partir do próximo ano, e Bush tinha iniciado gestões para que fossem permanentes.

Robert Greenstein, diretor-executivo do Centro sobre Orçamento e Prioridades de Política, um grupo liberal com sede em Washington, afirma que, ante a situação deixada pelo Katrina, tudo que tinha sido combinado sobre o orçamento deverá ser renegociado. Ele cita como exemplo os cortes de impostos já aprovados pelo Congresso e que deveriam ter efeito no próximo ano, e que podem ser suspensos.

O furacão, que deslocou mais de 1,5 milhão de pessoas do sul da Louisiana e do Mississippi, causou paralisações na extração de petróleo do Golfo do México, no refinado do petróleo e na distribuição de combustíveis, causando duros impactos na economia e nas exportações norte-americanas.

AGÊNCIA EFE
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