| 12/09/2005 18h54min
A assessoria jurídica do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, partiu hoje para o contra-ataque e apresentou uma consulta à Polinter mostrando que o empresário Sebastião Augusto Buani, dono do restaurante Fiorella, já respondeu a dois inquéritos na polícia. Num dos inquéritos, Buani foi acusado de submeter criança ou adolescente a constrangimento, no ano de 2000. No outro, do ano passado, ele é acusado de ameaçar e agredir a ex-mulher.
Em nota divulgada nesta tarde, a assessoria de Severino contesta as afirmações do empresário e afirma que o processo de renovação da concessão do restaurante estava no Departamento de Material e Patrimônio da Câmara, onde teria chegado no dia 12 de março de 2002, permanecendo lá até 22 de maio de 2002.
Buani entregou nesta segunda à Polícia Federal um extrato bancário em que aparece o desconto de um cheque de R$ 40 mil no dia 4 de abril de 2002, que teria pago ao então primeiro-secretário da Câmara. A nota argumenta que Severino não poderia ter cobrado dinheiro para renovar um processo que não estava em suas mãos. Em entrevista, o assessor jurídico de Severino, Marcos Vasconcelos, cobra a apresentação das provas citadas pelo empresário e diz que ele pode ter mentido para obter benefícios.
– Cada vez mais estamos longe das provas. O senhor Buani se contradiz nos valores. Cadê o cheque? E uma pessoa que bate em criança e em mulher é bem capaz de mentir para auferir vantagens. Ele tem que apresentar provas e o ônus da prova é de quem acusa. O presidente Severino está sofrendo um massacre violento porque a opinião pública já está acreditando que ele recebeu o mensalinho, embora não haja prova – disse Vasconcelos.
Marcos Vasconcelos disse ainda que a prorrogação do contrato só foi efetivada no dia 23 de janeiro de 2003 e que não faria sentido Severino ter se reunido por cinco horas com Buani no dia 31 de janeiro se o termo aditivo já estava assinado.
AGÊNCIA O GLOBO