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 | 07/09/2005 13h21min

Katrina pode eliminar 400 mil empregos e fazer PIB cair

Furacão pode ocasionar uma perda de até um ponto percentual no crescimento

Os estragos provocados pelo furacão Katrina poderiam ocasionar uma perda de até um ponto percentual no crescimento econômico dos Estados Unidos, assim como a eliminação de 400 mil empregos, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso.

O impacto do Katrina será sentido no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da segunda metade do ano. O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, em inglês) informou, no entanto, que as conseqüências exatas da catástrofe por enquanto são incertas.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, solicitará hoje ao Congresso verbas adicionais no valor de cerca de US$ 50 bilhões para ajudar os desabrigados pelo furacão Katrina. O Congresso americano tinha aprovado US$ 10,5 bilhões em ajuda de emergência na semana passada. Segundo o líder da minoria democrata do Senado, Harry Reid, serão necessários pelo menos US$ 150 bilhões para os esforços de assistência em Nova Orleans e nas redondezas.

Na semana passada, o impacto na economia parecia maior, mas agora as expectativas são mais otimistas devido aos "progressos na abertura de refinarias e na reativação de oleodutos", assinalou hoje o CBO, um organismo do Congresso sem vínculo partidário que assessora os legisladores sobre as conseqüências econômicas de suas decisões.

Em termos gerais, a avaliação feita pelo organismo coincide com as dos analistas privados, que, além disso, advertiram que os efeitos do Katrina podem ser muito piores se o aumento do preço da energia atingir o consumo dos cidadãos.

Segundo a CBO, antes de o furacão devastar a região do Golfo do México, as expectativas de crescimento econômico se situavam entre 3% e 4% para a segunda metade deste ano.

Provavelmente, acrescentou a CBO, "algumas pessoas de Nova Orleans e de outras partes do litoral poderão voltar ao trabalho em um ou dois meses" e a taxa de emprego no setor da construção crescerá durante o quarto trimestre do ano.

No entanto, em muitas áreas afetadas, incluindo a própria cidade de Nova Orleans, prevêem-se "transtornos substanciais e prolongados na atividade econômica".

AGÊNCIA EFE
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