| 06/09/2005 13h19min
O deputado José Mentor (PT-SP), ex-relator da CPI do Banestado, já está na Polícia Federal de Brasília prestando depoimento ao delegado Luiz Flávio Zampronha, responsável pelo inquérito que investiga o suposto do mensalão. Em nota distribuída à imprensa, Mentor nega que tenha recebido mesada para votar a favor de projetos de interesse do governo no Congresso Nacional.
– Não recebi mensalão nem qualquer outra vantagem para votar com o governo – disse ele.
Mentor também negou que tenha sacado dinheiro em agências do Banco Rural, um dos bancos usados pelo empresário Marcos Valério Fernandes, acusado de ser o operador do mensalão, para fazer repasses a parlamentares da base governista. Mentor é suspeito de ter recebido R$ 120 mil de empresas de Valério. Segundo o deputado, quem recebeu o dinheiro foi o escritório de advocacia José Mentor Pereira Melo de Souza e advogados associados, do qual ele é sócio. Ele argumenta que o dinheiro foi repassado em duas parcelas referentes a serviços jurídicos prestados para Rogério Tolentino.
No nota, Mentor sustenta também que não concedeu privilégios a nenhum dos investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado. O Banco Rural estava entre os investigados pela comissão.
– Eu investiguei todas as pessoas físicas e jurídicas, inclusive os bancos, da mesma maneira, de forma republicana. Não houve nenhum tipo de favorecimento a ninguém – disse o deputado na nota
AGÊNCIA O GLOBO