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A polícia de Buenos Aires utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar na madrugada desta sexta-feira, dia 11, os cerca de 5 mil manifestantes que protestavam contra o governo nas imediações da Casa Rosada. A manifestação, que começou no final da noite passada, dia 10, e durou mais de quatro horas, era contra a série de restrições aos saques bancários.
Um grupo chegou a atravessar o fosso frontal à Casa Rosada e atirou pedras e objetos na direçao do prédio. Os policiais, que até então apenas observavam a manifestação, receberam ordem de avançar contra a multidão. Uma sucursal do Banco Província foi incendiada em Buenos Aires. A série de atos de vandalismo atingiu também as fachadas de outros bancos e lojas, além de caixas-automáticos dos bancos BBVA, HSBC e do Galicia, o maior banco privado da Argentina. Um supermercado foi saqueado.
Segundo a Câmara Argentina de Comércio, a Argentina está na iminência de uma nova onda de violência social. A entidade advertiu que o país está vivendo uma espécie de "todos contra todos", em um contexto de desespero e agressividade. A Câmara destaca que o número de pessoas que fazem fila diante das embaixadas estrangeiras em Buenos Aires, procurando imigrar, é "um símbolo da humilhação" imposta aos argentinos.