| 31/08/2005 21h04min
Por 40 votos a um, os deputados e senadores do PL rejeitaram nesta quarta a proposta de discutir uma fusão entre o PL, o PP e o PTB levada pelo líder do governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PTB-RN), ao vice-presidente José Alencar.
Apenas o senador Marcelo Crivella (PL-RJ) votou a favor da proposta.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto (SP), disse que o PL não precisa da fusão porque vários deputados do PTB e do PP já estão procurando o partido.
O deputado João Caldas (PL-AL) chamou a proposta de factóide e o deputado Luiz Antônio Medeiros (PL-SP) qualificou a idéia de infeliz.
– Absurdo, vão chamar este novo partido de o Partido do Mensalão – ironizou Medeiros.
Depois de quatro horas de reunião, os parlamentares do PL definiram ainda que, se for mantida a verticalização, regra pela qual as coligações estaduais devem ser coerentes com a coligação nacional, o partido não repetirá em 2006 a coligação com o PT, o que significa que Alencar não deve repetir a dobradinha com Lula ano que vem.
Para garantir que o partido atinja os 5% dos votos à Câmara, previsto pela cláusula de desempenho, ficou acertado que não se fará aliança nacional, para que o PL fique nos Estados liberado para fazer a coligação que garanta uma melhor performance eleitoral.
São mínimas as chances de a Câmara votar até 30 de setembro a emenda que estabelece o fim do princípio da verticalização, que obriga os partidos a fazerem as mesmas alianças em nível nacional e nos Estados.
AGÊNCIA O GLOBO