| 29/08/2005 14h36min
A juíza Gisela Bodan Ribeiro, da 19ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, aceitou o pedido de medida cautelar feita pelos representantes dos sindicatos dos trabalhadores do setor aéreo que pede o arresto dos bens e das marcas VarigLog e Varig Engenharia e Manutenção.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Aeroviários, Selma Balbino, com a medida cautelar o grupo Varig fica impedido de vender a empresa subsidiária VarigLog conforme havia sido anunciado na semana passada, quando o presidente da Varig, Omar Carneiro da Cunha, informou que o fundo que investimento americano Matlin Patterson seria o comprador da empresa de logística numa operação que envolvia também antecipações de recebíveis de cartão de crédito.
A VarigLog seria vendida por US$ 100 milhões, mas descontadas a contingência e dívida, a Varig receberia US$ 38 milhões, além de US$ 50 milhões em recebíveis de cartão de crédito. A primeira parcela no valor total de venda da VarigLog mais US$ 10 milhões de recebíveis estava prevista para ser depositada logo no início de setembro, não fossem as contestações dos sindicato e outros credores.
Os sindicalistas também pediram o arresto das marcas Varig, RioSul e Nordeste, mas a juíza não tomou decisão sobre esse ponto, porque preferiu antes encaminhar a questão ao juiz da 8ª Vara Empresarial, Alexander Macedo, que acompanha o processo de recuperação judicial da Varig.