| 24/08/2005 21h20min
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, vai pedir ainda esta semana novas diligências no inquérito que investiga o pagamento de mesada por parte do governo a parlamentares aliados.
Sem mencionar quem serão os alvos da próxima etapa das apurações, Souza informou que haverá novos depoimentos, quebras de sigilo e perícias em documentos. Os dados integrarão o inquérito sobre o assunto instaurado no Supremo Tribunal Federal (STF).
O procurador-geral explicou que os depoimentos serão rápidos, mas a análise de provas documentais e demais dados podeam levar mais tempo. Ele ressaltou que as investigações podem demorar mais 30 dias, conforme pediu a Polícia Federal, já que as novas diligências terão de ser concluídas. Souza disse, no entanto, que o inquérito poderá terminar antes das apurações das CPIs em andamento no Congresso Nacional que apuram o mesmo caso.
– Não há nenhuma relação direta entre as conclusões dos trabalhos das CPIs com as conclusões do inquérito. No momento de uma posição conclusiva do Ministério Público, de afirmar se há ou não ilícito penal, as provas deverão estar todas nos autos. Pode ser antes ou depois da conclusão das CPIs – afirmou.
Souza lembrou que o inquérito tramita sob segredo de justiça e, por isso, não quis confirmar se pedirá o rastreamento das contas bancárias do publicitário Duda Mendonça.
AGÊNCIA O GLOBO