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 | 22/08/2005 09h50min

Explicação de Palocci faz dólar abrir em queda de 1,71%

Moeda está cotada a R$ 2,408 na abertura desta segunda

O dólar comercial já começou o dia devolvendo parte das perdas exageradas de sexta, quando o ministro Antonio Palocci foi acusado de recebimento de propina na época em que era prefeito de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A moeda americana abriu hoje em forte queda de 1,71%, a R$ 2,406 na compra e R$ 2,408 na venda. No mercado futuro, para liquidação em setembro, o dólar tinha redução de 1,70%, a R$ 2,422 na venda.

O pronunciamento do ministro neste domingo, respondendo às acusações do advogado Rogério Buratti, foi bem recebido pelos analistas e deve trazer tranqüilidade ao mercado financeiro hoje. Palocci, que chegou a colocar o cargo à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a atual política econômica continuaria, mesmo que ele deixasse o ministério. Para alguns analistas, Palocci foi contundente e muito franco.

Na sexta ocorreu o que o mercado financeiro mais temia. Uma denúncia de propina envolvendo o ministro da Fazenda trouxe grande nervosismo aos investidores e levou o dólar a fechar em alta de 2,94%, cotado a R$ 2,448 na compra e R$ 2,450 na venda. Foi a maior alta diária desde o final de maio de 2004. No acumulado da semana, a valorização do dólar chegou a 3,20%. O risco-país brasileiro fechou em 419 pontos centesimais, com alta de 3,46%.

Nesta segunda, além da repercussão da entrevista de mais de duas horas de Palocci, o mercado repercute o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Mais uma vez, o mercado reduziu sua projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2005. A previsão para este ano caiu de 5,40% para 5,34%, aproximando ainda mais a média das previsões do centro da meta ajustada estabelecida pelo Banco Central, de 5,1%.

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